O presidente da autarquia, Miguel Alves, explicou que a plataforma designada Caminha Market “já está preparada para começar sendo que, a partir da próxima semana, vão ser contactados os comerciantes no sentido de ser aferida da sua intenção de adesão àquela ferramenta eletrónica”.
“A plataforma está preparada, mas gostaríamos de arrancar com cerca de 20 a 30 comércios”, referiu Miguel Alves.
A adesão à plataforma Caminha Market é “totalmente gratuita durante um ano”, permitindo que “o negócio decorra apesar dos dias de resguardo domiciliário que a pandemia de covid-19 exige”, e resulta de uma parceria entre a Câmara de Caminha e a Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), num investimento global de 35 mil euros.
“Nunca, como agora, foi tão importante canalizarmos o essencial das nossas compras de Natal para o comércio local, mas compreendemos que estes tempos de pandemia e os dias de inverno nos empurram mais para o recato da casa do que para o bulício das ruas”, sublinhou o autarca socialista citado numa nota hoje enviada à imprensa.
No documento, Miguel Alves adianta que o município decidiu “criar, pagar e manter a primeira plataforma de comércio eletrónica na certeza de que esta é uma forma de manter as lojas sempre abertas, a qualquer hora do dia, permitindo que as pessoas em casa procurem os produtos da sua preferência e que os comprem, tendo a entrega salvaguardada”.
Além da plataforma eletrónica, a maioria socialista na autarquia decidiu ainda, em parceria com a AEVC, promover “outras medidas para incentivar o recurso ao comércio local”.
Em causa está “um concurso de montras e de sorteios de cupões de compra entregues pelos diferentes lojistas que resultarão em vales de compras a descontar no mesmo comércio local”.
A autarquia vai ainda “apoiar uma outra campanha, organizada por um grupo de comerciantes do concelho, que terão também um sorteio próprio com atribuição final de ‘vouchers’ de compras”.
Contactada pela Lusa, a vereadora do PSD, Liliana Silva, sublinhou que o partido votará favoravelmente todas as medidas que visem apoiar o comércio tradicional”.
Segundo a líder da bancada social-democrata, composta por três elementos, “a criação da plataforma eletrónica vem ao encontro de uma medida proposta pelo partido, já em outubro”.
“Tudo o que for decidido para dinamizar o comércio tradicional, dando-lhe alguma vitalidade neste período do Natal, terá o nosso apoio”, referiu Liliana Silva.
Além das iniciativas hoje aprovadas, a Câmara de Caminha explicou ter já avançado, entre outras ações, com a “colocação de ‘outdoors’, distribuição de cartazes e vinis de divulgação, e animação de rua”.
A autarquia também “já tinha avançado com o pagamento total das iluminações de Natal, poupando comerciantes e Juntas de Freguesia dessa despesa de modo a poder dar-lhe mais tesouraria”.
“O comércio local, os nossos restaurantes, os nossos empresários precisam de mais apoio do que a Câmara Municipal pode dar face aos seus recursos. Isso é inegável. Mas o que queremos dizer é que estamos com eles, no limite das nossas forças, como sempre temos estado e juntos vamos passar esta tormenta”, referiu Miguel Alves.
“Todos podemos fazer alguma coisa para ajudar a nossa comunidade. Essa coisa é comprar as nossas prendas no comércio local, procurar alimentos nos nosso mercados e supermercados tradicionais e de família, adquirir mais uma peça para o presépio, mais uma acha para as nossas lareiras, mais um mimo para a nossa família, nas pessoas que têm porta aberta para as nossas ruas. São eles que precisam, agora, deste ato importante de solidariedade e conforto”, apelou.