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09 Dez 2020

Investigadora da UMinho recebe bolsa milionária do Conselho Europeu de Investigação

Pedro Xavier

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Ana João Rodrigues, investigadora do ICVS da Escola de Medicina da Universidade do Minho, conquistou uma bolsa atribuída pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC) que garante dois milhões de euros para desenvolver o seu projeto de investigação em neurociências. A proposta da equipa liderada pela neurocientista procura perceber de que forma o cérebro perceciona e codifica o prazer e a aversão. “Tentámos perceber como é que os neurónios no nosso cérebro conseguem perceber se o estímulo é positivo ou é negativo”, explica a investigadora.

Ana João Rodrigues destaca que este é o culminar de muitos anos de esforço e do papel da equipa e da instituição neste caminho: “Só conseguimos chegar aqui porque tivemos a sorte de estar numa instituição que acredita no nosso trabalho e que nos dá liberdade para desenvolver projetos ambiciosos e um pouco ‘fora da caixa’”. Uma bolsa ERC é o reconhecimento por pares, a nível internacional, da excelência de investigação de uma equipa e “isso deixa-me extremamente orgulhosa”, confessa, acrescentando que esta “é uma marca de qualidade da investigação científica que qualquer cientista quer alcançar”.

As bolsas científicas ERC são as mais prestigiadas e competitivas da Europa. Premeiam projetos individuais cuja seleção é fundamentada no currículo do investigador e na excelência do projeto a executar. As bolsas de consolidação de carreira, como é o caso, são atribuídas a investigadores que tenham entre sete a doze anos de experiência, após completarem o doutoramento.

Nota Biográfica

Ana João Rodrigues nasceu em Vila Nova de Famalicão há 39 anos. Licenciada em Biologia Aplicada em 2003, na Universidade do Minho, acabou por concluir doutoramento em Ciências da Saúde, em 2008, na Escola de Medicina da UMinho. Atualmente lidera uma equipa de investigação no ICVS, após larga experiência em laboratórios internacionais de referência nos EUA, Holanda, Itália, Finlândia e Portugal. O seu trabalho de investigação centra-se na forma como o cérebro codifica eventos de prazer e aversão, conducentes a comportamentos.

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