“Vimos de celebrar o Advento. Foram quatro semanas que nos proporcionam uma reflexão amena sobre a segunda vinda de Jesus Cristo (…) e constatamos que Jesus Cristo continua a vir e a estar com cada um de Deus”, principiou Mons. Sebastião Pires Ferreira, na homilia da celebração da Solenidade do Natal do Senhor que, neste dia 25 de Dezembro, presidiu, recordando, de modo particular todas as vítimas da pandemia de Covid-19 e D. Anacleto Oliveira e D. José Augusto.
“Ele vem e está presente nos acontecimentos felizes ou tristes da nossa vida; vem e está presente em tudo o que acontece no mundo e na Igreja; vem e está presente naquele que difundem ideias novas e novos projetos para o bem da humanidade”, continuou, procurando, assim, salientar o eco multiforme com que o Natal se dá e acontece. Deste modo, aproveitou, ainda, para fazer referência a todos os que “nos seus laboratórios, investigam, esforçando-se por encontrar os ingredientes necessários para o apuramento das medicinas adequadas a neutralizar as pandemias fatias que afetam o ser humano”, mas, de igual modo, todos quantos “de noite e de dia, tratam e acompanham os doentes; assim como aqueles que procuram, visitam e afagam os sem-abrigo, os reclusos, os sós, e os esquecidos, para os assistir e, se possível, lhes fazer companhia”, deixando claro que esses gestos são formas de atualizar o presépio onde “onde nós estivemos e estamos”.
Com efeito, ressaltou a necessidade de “presenças reais e intimas”, que nos permitam familiarizar com as supressas que Deus nos prepara quotidianamente, questionando, neste sentido, se “saberemos, nós, identificar a Sua presença na operacionalidade da nossa vida? Cultivamos, em nós, a sensibilidade ao divino?”.
Nesta linha, convidou os presentes a ver o Natal como “abraço de amor infinito e de reconciliação eterna, entre Deus e Homem e entre o Homem e Deus”, que transcende as limitações e torna cada um capaz de Deus. “Deus fez-se Homem, para que nós, homens nos tornássemos, através da Sua Igreja, Deus”, conclui.
Por fim, e “apesar do clima sombrio da pandemia que nos cerca”, pediu que, à semelhança dos diversos reptos do recém-falecido D. Anacleto, a Diocese de Viana do Castelo “continue a crescer vigorosa e cada vez mais perfeita e mais bela”. Terminado com os votos de bom natal para todos os membros da família diocesana: “Para todos, sacerdotes, seminaristas, religiosas e leigos, um Santo e Feliz Natal!”