José Maria Costa, que falava no período antes da ordem do dia da reunião camarária de hoje, disse que aquela garantia lhe foi transmitida, por ofício, pelo presidente da Infraestruturas de Portugal (IP).
“Um eventual acréscimo do volume de tráfego ligeiro não será condicionante para a estrutura, nem para as fundações desta obra de arte”, refere o responsável da IP no documento hoje lido pelo autarca socialista ao executivo.
A ponte Eiffel sobre o rio Lima, com 142 anos, entrou, em 2019, em processo de classificação como imóvel de interesse nacional.
Tem 645 metros de comprimento, é composta por dois tabuleiros metálicos, sendo o superior rodoviário, para trânsito automóvel e pedestre, e o inferior ferroviário.
Inaugurada em 1878, a ponte metálica sobre o rio Lima foi desenhada pela casa Eiffel de Paris e substituiu a ponte em madeira que ligava o então terreiro de São Bento à margem esquerda do rio Lima, junto à capela de São Lourenço, na freguesia de Darque.
No documento hoje divulgado pelo presidente da Câmara, a IP sublinha ainda “a importância de cumprimento do condicionamento da exploração rodoviária da ponte Eiffel que se encontra limitada a veículos ligeiros, excetuando-se apenas a circulação dos transportes públicos”.
“Com esta informação ficamos mais sossegados”, afirmou José Maria Costa.
A informação surge na sequência de parecer solicitado pelo autarca socialista à IP.
Aquele parecer resulta de um acordo negociado com a associação de moradores do Cabedelo, para permitir retomar a construção da última fase dos acessos ao porto de mar da cidade por prever o abate de 24 de 170 plátanos existentes nos 628 metros da avenida que atravessa aquele lugar da freguesia de Darque.
A construção da rotunda foi embargada em setembro por iniciativa de moradores naquela avenida que, entretanto, chegaram a acordo com a autarquia.
Em outubro, o PAN avançou com uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFC) para travar o corte daqueles exemplares.
Em novembro, o município avançou com uma resolução fundamentada de interesse público e abateu as árvores.
A construção dos acessos rodoviários ao porto de mar foi iniciada em fevereiro de 2019. Os novos acessos, com 8,8 quilómetros e reivindicados há mais de quatro décadas, terão duas faixas de rodagem de 3,5 metros de largura e representam um investimento superior a nove milhões de euros.
A obra é financiada pela Câmara de Viana do Castelo e pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).