Esta posição foi assumida por António Costa no final de mais uma reunião destinada a analisar a evolução da situação epidemiológica em Portugal, no Infarmed, em Lisboa, na qual o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participou por videoconferência.
O primeiro-ministro declarou que a reunião com os epidemiologistas permitiu concluir que “houve um consenso muito generalizado” sobre a trajetória de crescimento de novos casos de infeção do novo coronavírus e que “as medidas devem ter um horizonte de um mês”.
“Estamos perante uma dinâmica de fortíssimo crescimento de novos casos que é necessário travar”, salientou António Costa, já depois de ter definido a reunião com os epidemiologistas, que durou cerca de quatro horas, “como muito viva e interessante”.
“Perante a tendência que é manifesta de crescimento da pandemia, é essencial adotarmos medidas. Essas medidas devem ter um horizonte de um mês e com um perfil muito semelhante àquele que adotámos logo no início da pandemia, ou seja, no período de março e abril”, frisou o líder do executivo.
O primeiro-ministro observou depois que os números sobre novos casos de infetados têm apresentado uma elevada variação e referiu que Portugal, ainda na semana passada, estava na casa dos quatro mil casos de infeção diária, tendo-se chegado depois aos dez mil e registando-se agora cerca de sete mil.
Porém, “independentemente do valor concreto em que o país se encontre – e importa sempre tirar a média da semana -, é certo que se regista uma fortíssima dinâmica de crescimento que é necessário travar. E a única forma de travar é através dos confinamentos”, sustentou.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro considerou que se revelaram insuficientes as medidas de confinamento ao fim de semana até agora adotadas, mas que “permitiram controlar a segunda vaga”.
“Neste momento, temos de ir mais além”, acrescentou o primeiro-ministro.