O presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) explicou que, “neste momento, estão internados nas enfermarias do hospital de Santa Luzia, 139 doentes com covid-19 e 25 na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI)”.
“Neste contexto explosivo do número de casos, em que é necessário estar a reajustar, permanentemente, a organização às necessidades, destaco o papel dos profissionais de saúde de que todos nos devemos orgulhar”, sublinhou Franklim Ramos.
Segundo aquele responsável, “em consequência do elevado número de casos detetados com infeção por SARS-CoV-2 no Alto Minho, que apresenta uma incidência muito elevada, a maior da Região Norte, a ULSAM tem vindo a ter uma preocupante procura de doentes positivos com complicações, muitas delas a exigirem internamento”.
“Acrescem a esta situação as outras doenças, que nada têm a ver com a pandemia, mas muitas delas a exigir internamento, o que também complica a situação, tendo em conta as dificuldades normais do contexto”, sustentou.
Franklim Ramos insistiu no “apelo a toda a população” para que “siga as orientações da Direção Geral da Saúde (DGS), no que respeita ao confinamento geral, no sentido de travar as cadeias de transmissão e reduzir a procura dos serviços hospitalares, por forma a minimizar esta pressão acentuada”.
O responsável da ULSAM acrescentou que o hospital “tem recebido e transferido alguns doentes, com covid e não covid, para outros hospitais, como é o caso de quatro doentes, que não estão infetados, e que transferidos para o Hospital Particular de Viana do Castelo”.
Acrescentou estar em curso “o processo de vacinação dos utentes, residente em lares, bem como dos profissionais de saúde que estão na linha da frente, dentro dos critérios estabelecidos e de acordo com as orientações da DGS, que ficará concluído na próxima quarta-feira”.
“Não posso deixar de dizer que o nosso desempenho e o sucesso dos nossos resultados dependem, em muito, de que todas as pessoas cumpram integralmente o confinamento e adotem as adequadas medidas de prevenção (distanciamento, etiqueta respiratória, uso de máscara e lavagem frequente das mãos), no sentido de aliviar a pressão sobre o Serviços Nacional de Saúde (SNS)”, observou.
Na semana passada, à Lusa, o administrador informou que o hospital de Viana do Castelo “ajustou a capacidade de resposta”, aumentando numa semana, o número de camas para internamento de 35 para 116.
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
Em todas aquelas estruturas trabalham mais de 2.500 profissionais, entre eles, cerca de 500 médicos e mais de 800 enfermeiros.