Contactado pela agência Lusa, a propósito da publicação de um contrato-programa hoje publicado em Diário da República (DR), o vice-presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, entidade que gere o canil, Victor Mendes, saudou a intervenção por considerar que aquele equipamento é uma “grande preocupação para todos os municípios” da região.
O canil intermunicipal do Alto Minho, instalado em Ponte de Lima, funciona desde dezembro de 2008, num investimento superior a 370 mil euros.
Além dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo, (Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira), a estrutura serve ainda o município de Esposende, no distrito de Braga.
A intervenção naquela estrutura integra um dos 52 contratos-programa outorgados pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) em todo o país.
O contrato outorgado entre a DGAL e a CIM do Alto Minho prevê um investimento elegível de 46.886 euros, sendo que a comparticipação máxima é de 28.132 euros.
Victor Mendes, que é também presidente da Câmara de Ponte de Lima (CDS) sublinhou a necessidade de “melhoramento das infraestruturas” do canil para dar resposta às exigências impostas pela lei que impede o abate de animais que entrou em vigor em 2018, à pressão dos cidadãos e das associações de defesa dos animais”.
“Essa é uma preocupação permanente dos municípios, que ainda na sua última reunião do conselho executivo da CIM analisaram a necessidade de dotar o canil de melhores condições de segurança e higiene, adaptadas à nova realidade e à nova realidade, sendo certo que o canil do Alto Minho é relativamente recente, mas está sobrelotado”, sustentou.
“Tudo faremos para melhorar as instalações existentes. Seguramente que esta candidatura é importante para alcançarmos esse objetivo”, reforçou.
Em novembro de 2019, em resposta escrita a um pedido de esclarecimento enviado pela agência Lusa, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, a propósito do impacto da proibição do abate de animais, decorrente da nova lei, apontou uma “diminuição considerável” na capacidade de alojamento de animais errantes, estimando em cerca de 300 os animais em lista de espera.
Na ocasião, e decorrido mais de um ano após a entrada em vigor da lei que impede o abate de animais, a CIM do Alto Minho, referiu que “o número de animais alojados permanece idêntico em termos médios anuais, uma vez que canil tem funcionado, regra geral, no limiar da capacidade de carga, isto é, entre 90 e os 100 cães”.
Para minimizar o impacto da proibição do abate de animais, a CIM do Alto Minho disse ter “reforçado os meios para promoção da adoção, através de uma plataforma digital” e adiantou ter “modernizado e apetrechado a sala de cirurgia e de recobro para realização das esterilizações nas instalações do canil intermunicipal”.