“Antes do início da pandemia, o Banco Alimentar já tinha uma percentagem, infelizmente bastante significativa. Apoiávamos cerca de 7% da população do distrito de Viana do Castelo, cerca de 16.200 pessoas, por mês. Nos últimos nove a dez meses os pedidos de ajuda aumentaram cerca de 50%. Agora estamos a apoiar cerca de 24.300 pessoas”, explicou, o diretor daquela estrutura, João Ferreira.
O responsável adiantou que todos os géneros alimentares recolhidos ou doados ao Banco Alimentar de Viana são distribuídos pelas 90 Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do distrito de Viana do Castelo, com uma população de cerca de 250 mil habitantes.
Segundo João Correia, atualmente, o Banco Alimentar confrontasse com “dificuldades em responder aos pedidos”.
“A crise também se reflete no Banco Alimentar, atendendo a que uma parte muito significativa da proveniência de géneros alimentares é das campanhas de recolha que não realizamos em 2020 e que, provavelmente, não se irão realizar durante o ano de 2021”, disse.
“Temos algumas limitações sérias, no sentido de corresponder não só aos apoios que fazíamos habitualmente, mas a todo o acréscimo de situações. Em 2019, tínhamos, em média, por dia, a saída de 2,5 toneladas de alimentos do Banco Alimentar. As contas de 2020 ainda não estão fechadas, mas estimamos que esse valor diminuiu”.
“Essa situação obrigou-nos a uma redução dos apoios que estavam a ser dados porque os produtos que entraram em armazém não corresponderam à procura. O que tínhamos para oferecer não respondia à procura”, especificou.
Face àquelas “limitações”, adiantou, a “direção do Banco Alimentar de Viana do Castelo optou por não alargar muito as instituições parceiras, tentando distribuir as que fazem chegar, efetivamente, às famílias, uma quantidade mínima razoável para que possam suprir as carências alimentares”.
O responsável apelou à doação de bens alimentares garantindo que o Banco Alimentar, instalado em Vila Nova de Anha, tem capacidade para armazenar e transportar todos os produtos alimentares, sejam eles, frescos, congelados ou ultracongelados”.
“Temos capacidade de armazenamento e transporte própria”, destacou.
“Na altura do Natal, algumas empresas e instituição dinamizaram campanhas de recolha e entregaram ao Banco Alimentar. Gostaríamos imenso que esses gestos se replicassem por todas as empresas e instituições, tendo a certeza que estamos com as portas abertas para que possam verificar todo o processo logístico”, acrescentou.