“Os testes foram realizados no domingo a todos os 144 utentes e 87 funcionários. Na segunda-feira, cerca das 20:00, chegaram os resultados: oito utentes e dois funcionários estão infetados”, informou hoje António Morgado.
Segundo o responsável, os utentes infetados foram colocados numa ala da casa.
“Nesta altura, a informação que tenho é que ainda não houve necessidade de transferir ninguém para o hospital”, especificou.
O lar da Congregação de Nossa Senhora da Caridade, situado no centro da cidade, junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários e da Câmara Municipal, tem capacidade total para receber 150 utentes, sendo que atualmente acolhe 144, “três admitidos na semana passada após apresentarem teste negativo e terem cumprido o período de quarentena”.
“O mal foi não terem vacinado o nosso lar em devido tempo. Se tivessem feito isso, o nosso lar e outros que são muito grandes e acolhem muitos utentes estariam mais protegidos. Uma instituição com poucas pessoas até é relativamente fácil de controlar a propagação, agora, numa como a nossa, com 144 utentes e 87 funcionários, é outra coisa. Não sei o que lhe diga”, disse António Morgado.
Em 14 de janeiro foram detetados três casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 numa equipa de funcionários que operava em espelho [horários desfasados] que trabalha na lavandaria da instituição.
Nessa altura, António Morgado adiantou que, “em setembro de 2020, a utente mais idosa da instituição, hoje com 106 anos, teve de receber tratamento hospitalar na unidade de Braga e quando veio estava infetada com covid-19, e recuperou”.
O lar da Caridade tem utentes com “muita idade”, sendo que, além daquela idosa, há ainda “mais três utentes que têm mais de 100 anos e 42 com mais de 90 anos”.