Recorde-se que o concelho vianense tem, neste momento, em desenvolvimento o projeto Windfloat, o maior projeto europeu de energias eólicas em plataformas flutuantes liderado pela EDP Inovação.
Está também a ser desenvolvido um projeto de aproveitamento de energia das ondas, através de uma empresa sueca – CorPower Ocean –, que instalou em Viana do Castelo uma unidade de produção destes equipamentos. A tecnológica investiu 16 milhões de euros num centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) para desenvolver conversores de energia das ondas, que instalou no porto comercial da cidade, que integra um projeto global de 52 milhões de euros que deverá estar concluído até 2024.
Em causa está o projeto considerado “pioneiro”, designado por HiWave-5. A empresa, líder em tecnologia de energia das ondas, justificou a escolha de Viana do Castelo para a instalação do I&D “com um sólido conjunto de engenheiros de setores como eólicas marítimas, fabrico de compósitos e estaleiros navais, universidades de alto nível e infraestrutura industrial, incluindo portos e ligação à rede”.
Foi também aprovada a instalação, por parte da Autoridade Portuária, de um projeto piloto de energia fotovoltaica flutuante a ser instalado no estuário do rio Lima e o INESC centralizou em Viana do Castelo um projeto de investigação europeu, aprovado pela Comissão Europeia através do Horizonte 2020, para utilização da robótica na monitorização e reparação de infraestruturas, plataformas e equipamentos flutuantes em espaço marítimo.
Viana do Castelo vai, pois, acolher o Atlantis Test Center, o primeiro centro europeu de teste de robôs marítimos em ambiente real, num investimento de 8,5 milhões de euros, financiado pelo Horizonte 2020 – Programa Quadro para a Investigação e Inovação, em três anos, a ser criado ao largo da costa, no WindFloat Atlantic.
O projeto vai ter um centro de testes, com uma unidade de preparação em terra e uma unidade real nas plataformas do Windfloat. Estas duas zonas vão permitir validar e demonstrar a tecnologia para utilizadores finais, bem como apoiar no treino/certificação de operadores (para lidarem com os avanços tecnológicos) e o ensino da sociedade (universidades, institutos e centros de investigação). O Centro de Investigação e Desenvolvimento deste projeto será, assim, em Viana do Castelo, aproveitando as infraestruturas do projeto Windfloat bem como de uma rede de parcerias e atores locais.
No webinar, o autarca enalteceu ainda que, na construção e reparação naval, a WestSea está a desenvolver um projeto que pretende substituir os motores convencionais a diesel por novas soluções mais amigas do ambiente.