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Regional

21 Mar 2021

Covid-19: Falta de turistas espanhóis e nacionais na Páscoa é “grande machadada”

Pedro Xavier

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O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) afirmou que a falta de turistas espanhóis, pelo encerramento de fronteiras, e portugueses, impedidos de circular no país, na Páscoa é "uma machadada grande" no setor.
“As expectativas são bastante más (…). Não só pela falta de turistas espanhóis, provocada pelo encerramento de fronteiras [motivado pela pandemia de covid-19], mas também pelas restrições à circulação, por parte dos turistas nacionais (…). É, de facto, uma machadada grande”, afirmou Luís Pedro Martins.

Para a Semana Santa, o presidente da TPNP estima taxas de ocupação na hotelaria da região Norte a oscilarem “entre os 5 e os 10%”.

“A Páscoa sempre foi um momento importante na região, muito assente em produtos como a ‘city short break’ ou o turismo religioso, com grande expressão na região, alavancado em cidades como Braga ou Lamego. Nessa altura do ano, tínhamos taxas de ocupação acima dos 80% na região Norte e de 90% no Minho. Hoje estamos todos entre os 5 e os 10%”, referiu.

No entanto, o responsável considerou que “já se consegue ver uma luz ao fundo do túnel” e garantiu que a entidade regional “está já a trabalhar para o dia seguinte” que, espera, chegue “rápido”.

Luís Pedro Martins estima alguma retoma “a partir do verão”.

“Queremos acreditar que tal possa começar a acontecer partir do verão e pomos a fasquia para que até 2023 possamos ir em crescendo até atingirmos números semelhantes aos que tínhamos antes da pandemia, quando a região estava bem e crescia 10% acima da média nacional”.

Segundo o presidente da TPNP, a região “tem todas as condições para voltar” a atingir aqueles números.

“Num esforço grande que estamos a fazer entre todos, com todos os setores alinhados, com a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), entidades de turismo, as Comunidades Intermunicipais (CIM), os municípios”, há já muitas ações “prontas e previstas”, disse.

Para o responsável, “a pandemia acabou por permitir esse trabalho de casa”, de se ter estruturado novos produtos para apresentar agora ao novo perfil de turista.

“Estamos preparados e prontos. Estamos, neste momento, a fazer algumas ações junto dos nossos mercados. Estamos a semear para colher mais tarde”, sublinhou.

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