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27 Mar 2021

Politécnico de Viana do Castelo pretende retirar uma tonelada de plástico da instituição por ano

Pedro Xavier

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O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) vai lançar, no ano letivo 2021/2022, um projeto-piloto que visa retirar, por ano, das suas seis escolas, mais de uma tonelada de garrafas plásticas de utilização única.

Em causa está o projeto Refill H2O, coordenado pelo investigador do IPVC, António Curado, “considerado o melhor, entre as 24 candidaturas ao programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono, promovido pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC)”.

O projeto, com “duração de 18 meses e início no dia 15 de setembro, tem financiamento de 140.349,64 euros para a redução do lixo marinho”.

O coordenador do projeto, citado em uma nota hoje enviada pelo IPVC às redações, sublinhou que “as instalações do politécnico são frequentadas anualmente por mais de 5.000 alunos das mais diferentes faixas etárias, nas quais são consumidas anualmente cerca de 51.000 garrafas plásticas de 0,50l e 15.000 garrafas plásticas de 1,50l”.

“Este consumo resulta na produção de 1.215 quilogramas de resíduos plásticos. O elevado consumo local, associado ao facto de o seu ‘campus’ ser frequentado por um público jovem, aberto à mudança de mentalidades, torna o IPVC o local certo para a implementação deste projeto-piloto”, explicou António Curado.

O responsável explicou que a iniciativa “visa a implementação de um modelo de substituição gradual das indesejáveis garrafas plásticas de água, que satisfaça as necessidades deste público-alvo, e que permite uma fácil replicação da solução desenvolvida nos estabelecimentos de ensino profissional, básico e secundário do Alto Minho, numa primeira fase, e do território nacional, numa fase posterior, fora do âmbito da presente candidatura”.

António Curado adiantou que “segundo dados da PORDATA, no ano 2018, existiam no Alto Minho aproximadamente 38.139 alunos, estimando-se assim que a replicação por todos os estabelecimentos de ensino neste território iria reduzir, anualmente a produção de 9.268 quilogramas de plástico”.

A iniciativa “contempla uma ‘smart bottle’ e uma estação de reenchimento de garrafas”.

O projeto “pretende incrementar a utilização de matérias-primas secundárias que permitam substituir o uso dos plásticos, estando a ser desenvolvida uma estação de reenchimento de garrafas de água reutilizáveis isentas de plásticos”.

“Em curso está igualmente o desenvolvimento de dois protótipos de garrafas inteligentes que vão estar em sintonia com a estação de reenchimento”, explica a nota.

As garrafas, “desenvolvidas por João Mendes, aluno do curso de mestrado em Design Integrado, da Escola superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), têm um design atrativo assente em materiais devidamente selecionados, isento de plásticos, que permitirá a reutilização em larga escala garantindo a qualidade da água armazenada”.

A garrafa principal do projeto “transmite visualmente, a ideia de uma orca, pelo facto de se tratar de um dos animais marinhos que mais sofre com a poluição dos oceanos, especialmente pelo excesso de plástico existente”.

João Mendes, também citado no documento, destacou “o sofrimento deste animal marinho para a base e conceito no desenvolvimento do protótipo da garrafa”.

O ‘designer alertou que “a forma da garrafa pretende sensibilizar para as consequências que o excesso de plástico no oceano faz por exemplo nestes animais marinhos, que não se estão a reproduzir o que pode levar, muito em breve, à sua extinção”.

Já o investigador do IPVC, Sérgio Lopes, “está a desenvolver a estação interativa de reenchimento com o auxílio de Eduardo Avelar e Francisco Ferraz, estudantes do Curso de Engenharia de Redes e Sistemas de Computadores”.

O dispositivo irá “comunicar com a garrafa através de uma etiqueta digital, uma etiqueta eletrónica, que irá permitir a comunicação e identificação da garrafa que estará associada a um determinado utilizador”.

Esta monitorização por utilizadores, ou grupo de utilizadores, irá permitir aferir métricas sobre o real impacto do projeto e qual o seu contributo para a sustentabilidade económica e ambiental.

Com cerca de cinco mil alunos, o IPVC tem seis escolas – de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer -, ministrando 28 licenciaturas, 40 mestrados, 34 Cursos de Técnicos Superiores Profissionais (CTESP) e outras formações de caráter profissionalizante.

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