“Lançámos este ‘site’ [disponível] em todo o mundo [spotify.com/loudandclear] para dizer que ouvimos [as críticas] alto e bom som”, disse à France-Presse (AFP) o responsável pelos conteúdos musicais do Spotify França e Benelux, Antoine Monin.
Os artistas, prosseguiu, “pediram mais clareza, explicações e transparência sobre a remuneração vinculada ao ‘streaming’ de música”, assim como a “contribuição do Spotify”.
A plataforma “não é o único ator em causa, mas, como líder do mercado, é um dos mais desafiados”, acrescentou Antoine Monin, razão pela qual a empresa levou com seriedade as críticas e reivindicações feitas pelos artistas.
Robert Smith, dos The Cure, partilhou na rede social Twitter uma petição denominada “Justice at Spotify” (“Justiça no Spotify”), que reivindicava uma melhor remuneração dos artistas cujo trabalho está presente na plataforma.
O ‘site’ lançado hoje está disponível para qualquer pessoa consultar. Contém um pequeno vídeo que expõe informações que, normalmente, são ignoradas pelos utilizadores: as plataformas de ‘streaming’ de música não pagam diretamente aos artistas, mas sim aos beneficiários.
Ou seja, as produtoras, os distribuidores, os agregadores e organizações de gestão coletiva, entre outros. Estas empresas, por sua vez, têm “acordos diferentes com os artistas”, explicou Antoine Monin.
“Explicámos quanto dinheiro foi colocado nas ramificações, mas não podemos saber para onde vai detalhadamente”, resumiu o responsável.
O atual sistema de distribuição de plataformas, que em termos simples, beneficia os artistas mais transmitidos, não permite estabelecer um rendimento médio.