Esta é a segunda vez que o país sul-americano, com uma população de 212 milhões de habitantes, soma mais de 4.000 óbitos em 24 horas. A situação anterior ocorreu na última terça-feira, quando o Brasil chegou às 4.195 mortes num só dia.
Além do novo recorde, o Brasil continua a ser o país com mais mortes registadas em 24 horas, muito acima dos Estados Unidos, país mais afetado pela covid-19 em números absolutos.
De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde, o país contabilizou ainda 86.652 novos casos de infeção nas últimas 24 horas, totalizando 13.279.857 diagnósticos confirmados de covid-19 desde que a pandemia chegou a solo brasileiro, em fevereiro de 2020.
A taxa de incidência da doença no país, que atravessa o seu momento mais critico da pandemia, é agora de 164 mortes e 6.319 casos por 100 mil habitantes.
São Paulo, foco da pandemia no país, chegou hoje às 80.742 vidas perdidas para a doença causada pelo novo coronavírus, após registar 1.229 óbitos nas últimas 24 horas.
Além de ser a unidade federativas com mais mortes no Brasil, é também a que concentra maior números de infeções, com 2.597.336 casos, mais do dobro de Minas Gerais, o segundo Estado com maior número de diagnósticos.
Com o sistema funerário pressionado pelo agravamento da pandemia, a prefeitura de São Paulo deu início a uma operação para abrir 600 valas por dia na capital paulista, estudando ainda a possibilidade de construção de um cemitério vertical.
“Todos os estudos apontam para uma maior procura de sepultamentos no país nos meses de abril e maio. Com base nisso, estamos ampliando a abertura de valas diárias para estarmos preparados, caso ocorra esse aumento”, disse o secretário de Subprefeituras, Alexandre Modonezi, ao jornal Estadão.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.890.054 mortos no mundo, resultantes de mais de 133 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.