“O Sistema Nacional atingiu um novo máximo mensal de exportação de gás natural em março, com 828 GWh, face aos 505 GWh atingidos em abril de 2020, e também o maior valor diário de sempre com 47,7 GWh, no dia 24, que compara com os anteriores 42 GWh de 21 de janeiro de 2020”, apontou, em comunicado, a REN.
O terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sines foi, neste período, o maior abastecedor do sistema nacional.
Por sua vez, o consumo de gás natural cedeu 6,2%, impactado pela quebra no segmento de produção de energia elétrica, “que registou uma contração homóloga de 23%”.
O consumo de gás natural, no acumulado do terceiro trimestre, recuou 14%, “com um crescimento de 1,6% no segmento convencional e uma contração de 45% no segmento de produção de energia elétrica”.
Já o consumo de energia elétrica cedeu, em março, 1,7%, ou 2,2% com correção da temperatura e número de dias úteis.
De janeiro a março, a quebra, neste segmento, foi de 0,5%, ou 1,6% com a correção dos efeitos da temperatura e dias úteis.
Em março, o índice de produtibilidade hidroelétrica “ficou muito próximo do valor médio, com 1,03” (média histórica igual a um).
Conforme adiantou a REN, na produção eólica, “as condições foram particularmente desfavoráveis com o índice respetivo a registar 0,80 (média histórica igual a um)”.
A produção renovável, por seu turno, abasteceu 78% do consumo e a não renovável os restantes 22%.
O saldo de trocas com o estrangeiro foi “praticamente nulo”.
No primeiro trimestre do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica fixou-se em 1,28 (média histórica igual a um) e o de produtibilidade eólica em 1,02 (média histórica igual a um).
A produção renovável abasteceu, neste período, 79% do consumo, “repartida pela hidroelétrica com 42%, eólica com 29%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 2%”.
Em 21 de março, a fotovoltaica atingiu “a maior ponta de sempre”, com 750 megawatts (MW).
A produção não renovável, “fundamentalmente a partir de gás natural”, foi responsável pelo abastecimento de 21% do consumo.
O carvão ficou abaixo dos 2%.
“O saldo de trocas com o estrangeiro, exportador, equivaleu a cerca de 4% do consumo nacional”, apontou.