O parecer aprovado, por proposta da vereadora com o pelouro dos equipamentos culturais, Carlota Borges, vai ser enviado à Direção-Geral do Património Cultural, entidade à qual a Junta de Freguesia de Vila Franca dirigiu o pedido de inscrição naquele registo.
Carlota Borges explicou que aquele pedido “visa a proteção legal de todo o simbolismo e expressão cultural que as festas representam no plano local e nacional”.
“A Direção-Geral do Património Cultural na análise deste pedido identificou a sua conformidade, tendo solicitado à Câmara de Viana do Castelo a emissão de parecer sobre a relevância deste pedido, em função da abrangência territorial da manifestação do património cultural em apreço”, refere a proposta aprovada.
Aquela romaria, que decorre em maio e abre o ciclo de festivo no Alto Minho, é conhecida pelos cestos floridos, confecionados com milhares de pétalas de flores.
Os cestos, que chegam a pesar mais de 50 quilogramas, são transportados na cabeça por jovens mordomas batizadas em Vila Franca, e que completem 19 anos, em maio, numa demonstração de “orgulho e fé”.
Os cestos floridos, começaram a ser confecionados dias antes das festas de Vila Franca, freguesia da margem esquerda do rio Lima, tarefa que “envolve toda a família, os amigos e vizinhos, num verdadeiro espírito de entreajuda.
A mordoma é que escolhe os motivos do cesto florido que vai oferecer a Nossa Senhora do Rosário.
Os temas são mantidos em segredo para serem surpresa até ao dia do cortejo, sendo que há sempre uma rivalidade saudável porque todas as mordomas querem apresentar o cesto mais bonito.
Depois de serem exibidos nos cortejos das festas, momento que até á chegada da pandemia de covid-19 atraia, todos os anos, milhares de visitantes a Vila Franca, os cestos floridos ficam em exposição na igreja paroquial da freguesia.
A Festa das Rosas é da responsabilidade da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, fundada em 1622 por frades dominicanos. Dos seus estatutos constava que as mordomas levariam flores a Nossa Senhora nos dias de festa.
Por isso mesmo, todas as mordomas caprichavam em levar as mais belas flores e em grandes quantidades, que se destinavam à decoração dos altares, à confeção das fieiras e ao adorno do adro e seu atapetamento.
Ao longo dos anos, a tradição evoluiu, reforçando a qualidade de confeção dos cestos, a transportar à cabeça pelas mordomas, nestas procissões.
Cada jovem pode recorrer a colegas e amigas para ajudar na tarefa, tendo em conta o peso destes cestos, que se assumem também como obras de arte popular, confecionadas por bordadores, também de Vila Franca do Lima.
Na reunião de hoje a aprovou ainda, por unanimidade, apoiar com 75 mil euros a realização de obras de requalificação do edifício onde está instalado Centro Humanitário do Alto Minho (CHAM) da Cruz Vermelha Portuguesa, que na segunda-feira, comemora 110 de existência na cidade
Segundo a proposta também apresentada pela vereadora Carlota Borges, que também detém o pelouro da Coesão Social, o CHAM está instalado num edifício situado na principal artéria de Viana do Castelo, a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, que começou a ser construída em 1920.
“Pela sua antiguidade, utilização diária e massiva, o edifício sede do CHAM apresenta sinais de desgaste, principalmente no telhado e nas fachadas”, referiu.
A vereadora justificou o apoio com a “importância histórica do edifício”, que classificou de “imponente” adiantando que a Câmara vai celebrar um protocolo de colaboração financeira, no valor de 75 mil euros destinados à sua requalificação”.
Foi ainda aprovada, por unanimidade, a adjudicação à empresa Predilethes, por 1,1 milhões de euros da empreitada de requalificação de estradas e caminhos municipais.
A empreitada, apresentada pelo vereador do Planeamento e Gestão Urbanística, Reabilitação Urbana, Desenvolvimento Económico, Mobilidade, Coesão Territorial e Turismo, Luís Nobre, “é a quarta realizada na rede viária durante o atual mandato”.
Luís Nobre explicou que a intervenção “vai incidir em 12 quilómetros de rede viária, que atravessa mais de 13 Uniões e Juntas de Freguesias”.
“No atual mandato, o município já investiu 3,4 milhões de euros na requalificação de 64 quilómetros de rede viária”, destacou Luís Nobre.