A GNR explica que este sistema, ligado à central eletrónica de uma viatura, permite a leitura e transmissão de diversos tipos de dados, possibilitando que a codificação de uma nova chave usada para furtar as viaturas.
“Após o furto, os veículos eram escondidos em casas particulares, onde eram desmantelados, sendo as peças posteriormente vendidas em plataformas ‘online’”, acrescenta.
Algumas peças eram utilizadas para a reparação de veículos adquiridos como salvados.
Estas viaturas, depois de recuperadas, eram sujeitas a inspeção extraordinária e colocadas à venda em stands de automóveis ou em plataformas na Internet.
A GNR deu cumprimento a seis mandados de busca, três domiciliárias, uma em estabelecimento e duas em oficinas, tendo o suspeito sido detido em flagrante por furto, desmantelamento e recetação de veículos.
No decorrer da ação, a GNR apreendeu três viaturas furtadas em Viana do Castelo e na Maia, três veículos salvados que iam ser reparados com as peças das viaturas furtadas e duas viaturas utilizadas pelos suspeitos para transporte das peças desmanteladas, no valor estimado de 93 mil euros.
Foram ainda apreendidos componentes e peças provenientes do desmantelamento de viaturas alegadamente furtadas, três matrículas furtadas, um aparelho de codificação de chaves e 1.750 euros.
No seguimento da ação, foram constituídos arguidos dois homens de 44 e 56 anos e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão.