O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou em conferência de imprensa que o diploma prevê também que os cidadãos possam receber no correio códigos para ativar à distância certificados de autenticação para serem usados em novos serviços, sem ser preciso ir fisicamente às lojas do cidadão.
“No regime atual, quando tiramos o cartão de cidadão, podemos prestar consentimento para partilha de dados para alguns fins previstos. O que se prevê é que se possa dar consentimento para partilha de dados” em outras situações que venham a ser identificadas na lei, evitando “mais interações quando é preciso dar mais consentimentos”, afirmou o governante.
As medidas aprovadas facilitam ao acesso aos códigos de comunicação aos “nómadas digitais”, pessoas que trabalham sem residência fixa, de país em país, através de meios tecnológicos, “com regras específicas sobre a identificação da sua residência.
Pedro Siza Vieira indicou que está em consulta pública um outro diploma para “facilitar a ativação da chave móvel digital sem ser preciso ir aos serviços, usando biometria e respeitando os requisitos da lei europeia”.
“O cartão de cidadão tem relação com a chave móvel digital, que é uma ferramenta muito importante de facilitação da relação dos cidadãos com a administração mas com outras entidades”, que atualmente permite certificar documentos ou abrir contas bancárias, por exemplo.
O ministro não se comprometeu com a entrada em vigor desta nova medida relativa à chave móvel digital, mas adiantou que espera que “seja possível a todos os cidadãos poderem beneficiar de ativação à distância a partir da entrada em vigor do diploma”.