“Devem ser tomadas, efetivamente, medidas para que profissão docente possa ser apelativa, para que haja mais gente a querer ingressar nesta área. A valorização da carreira (…) é absolutamente determinante para chamarmos mais gente a dar aulas e para não corrermos o risco de, daqui a alguns anos, não termos professores para lecionar, o que é um risco bastante grande que existe neste momento”, afirmou Diana Ferreira.
A deputada comunista, que falava no final de uma reunião o Agrupamento de Escolas do Monte da Ola, em Vila Nova de Anha, na margem esquerda do rio Lima, disse que o “envelhecimento da classe docente e a necessidade de reforço do número de funcionários foram preocupações” que lhe foram transmitidas.
“No futuro próximo poderão colocar-se dificuldades de colocação de professores (…). São efetivamente necessárias medidas de valorização da profissão, não só para quem já está na carreira, mas também para quem venha no futuro, para ser um percurso profissional apelativo”, reforçou.
Sobre o reforço de funcionários, Diana Ferreira defendeu a “necessidade de adequação da portaria de rácios às especificidades das escolas, tendo em conta a heterogeneidade de cada território, a própria dimensão da escola, o número de alunos, as suas características, os alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE)”.
“Para que esta portaria signifique um reforço do número de profissionais e a resposta às necessidades das escolas”, observou.
Na deslocação à capital do Alto Minho a deputada do PCP visitou a margem esquerda do rio Lima, na freguesia de Darque, e o sapal de São Lourenço da Montaria, “tendo em conta as descargas poluentes para o rio”, garantindo à Lusa que irá questionar o Ministério do Ambiente e Ação Climática.
“Confirmamos que a poluição no rio Lima continua e não está desligada do facto de, na freguesia de Darque, a rede de saneamento ser única. Isso tem, naturalmente, consequências quando chove na poluição que é transportada para o rio Lima”, referiu.
A deputada comunista disse ter percorrido a marginal junto ao rio Lima, em Darque, “incluída na Rede Natura e onde é preciso intervir para prevenir a erosão costeira”.
“É uma zona onde existem moradores, negócios, e a sua circulação é muito difícil porque estamos a falar de uma estrada em terra batida. Parte deste percurso já foi recuperado até ao clube de canoagem e por isso importa tomar medidas, que seja intervencionado o restante, salvaguardando as questões da sua integração na Rede Natura 2000”, alertou.
Diana Ferreira adiantou que irá ainda dirigir uma pergunta ao Ministério das Infraestruturas e Habitação sobre a centenária ponte Eiffel sobre o rio Lima em Viana do Castelo.
“Constatei que persiste um problema que tínhamos identificado da última vez que cá estivemos e que tem a ver com a circulação de peões que só pode ser feita num dos lados, porque o outro está interdito pelas Infraestruturas de Portugal, há bastante tempo”, especificou.