A 65.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, deveria ter acontecido em maio do ano passado, em Roterdão, mas a União Europeia de Radiodifusão decidiu adiá-la um ano, por considerar que não estavam reunidas condições para a sua realização, por causa da pandemia da covid-19.
Este ano entraram 39 países em competição, mas à final chegaram 26, dos quais 20 foram apurados em duas semifinais, que decorreram na terça e na quinta-feira.
Na primeira semifinal passaram à final Lituânia, Rússia, Suécia, Chipre, Noruega, Bélgica, Israel, Azerbaijão, Ucrânia e Malta.
Portugal, Albânia, Sérvia, Bulgária, Moldávia, Islândia, São Marino, Suíça, Grécia, e Finlândia foram os escolhidos na segunda semifinal.
A estes 20 países, juntaram-se na final os chamados ‘Cinco Grandes’ (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) e o país anfitrião (Países Baixos).
Com “Love is on my side” Portugal levou à Eurovisão, pela primeira vez, uma canção integralmente em inglês, composta por Tatanka, o vocalista dos The Black Mamba, banda formada em 2010 e que se move no universo dos blues, da soul e do funk.
Portugal participou no Festival Eurovisão da Canção pela primeira vez em 1964, tendo, entretanto, falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).
Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.
Portugal venceu pela primeira e única vez o concurso em 2017, com o tema “Amar pelos dois”, interpretado por Salvador Sobral e composto por Luísa Sobral. Na sequência da vitória, Lisboa acolheu, no ano seguinte, a competição.
Até Salvador Sobral ter vencido o concurso, em Kiev, Portugal nunca tinha passado de um sexto lugar, conseguido com Lúcia Moniz e “O meu coração não tem cor”, em 1996.
A primeira vez que Portugal integrou um ‘top 10’ foi em 1971, com “Menina do alto da serra”, interpretada por Tonicha, a conseguir alcançar um 9.º lugar. Nos dois anos seguintes, Portugal manteve-se nos dez primeiros lugares com “A festa da vida” (7.º lugar), interpretada por Carlos Mendes, e “Tourada” (10.º), cantada por Fernando Tordo.
Ainda na década de 1970, Portugal conseguiu um 9.º lugar com “Sobe, sobe, balão sobe”, interpretada por Manuela Bravo, em 1979. Um ano depois, já nos anos 1980, José Cid conseguiu o 7.º lugar, com “Um grande, grande amor”.
Na década de 1990, além do 6.º lugar de Lúcia Moniz, Portugal ocupou três vezes lugares no ‘top ten’: em 1991, com Dulce Pontes e “Lusitana Paixão” (8.º), em 1993, com Anabela e “A cidade (até ser dia)” (10.º), e em 1994, com Sara Tavares e “Chamar a música” (8.º).