Em declarações à agência Lusa, o vereador do Planeamento e Gestão Urbanística, Reabilitação Urbana, Desenvolvimento Económico, Mobilidade, Coesão Territorial e Turismo, Luís Nobre, estimou que, entre 2014 e 2019, o funcionamento do elevador tenha evitado, por dia, a subida ao monte de 100 veículos, transportando cerca 300 pessoas.
O responsável sublinhou que aquele meio de transporte é “fundamental para a rede de mobilidade urbana, por representar uma função complementar, ligando os dois mais importantes ícones da cidade, o seu centro histórico e o templo Santa Luzia.
“O elevador de Santa Luzia é em verdadeiro observatório dinâmico do centro histórico, do património, e uma importante componente lúdica, turística e económica da cidade”.
Segundo Luís Nobre, o elevador “concorre para um melhor ambiente urbano da cidade”, sendo que, em 12 anos (2007-2019), transportou mais de 1,3 milhões de passageiros”.
O funicular retomou as viagens em 19 de abril, após o confinamento motivado pela pandemia de covid-19, e já transportou, desde então e até ao último domingo, 3.734 pessoas.
O equipamento, com um percurso de 650 metros que leva cerca de oito minutos a completar, sendo considerado o mais extenso do género no país, esteve abandonado entre 2001 e 2007.
Voltou a assegurar as ligações entre o centro da cidade e o monte de Santa Luzia em abril de 2007, depois de a autarquia ter investido 2,5 milhões de euros na sua aquisição e reabilitação.
O elevador de Santa Luzia foi construído por iniciativa do empresário e engenheiro portuense Bernardo Pinto Abrunhosa e inaugurado a 02 de junho de 1923, através da Empreza do Elevador de Santa Luzia.
Com lotação para 25 pessoas, 12 sentadas e 13 em pé, o funicular permite também o transporte de bicicletas para que os ciclistas possam ascender a Santa Luzia e circular nos trilhos de montanha existentes.
Com 160 metros de desnível e 25% de inclinação média, o elevador de Santa Luzia dispõe de três fontes de energia diferentes (elétrica, gerador e bateria) e de quatro sistemas de travagem, sendo a segurança precisamente uma das características da renovação realizada.
Aquele equipamento é uma das formas de aceder ao santuário. Além do acesso automóvel, é também possível chegar ao topo de Santa Luzia pelos cerca de 650 degraus do escadório, quase paralelo ao elevador.
Também este mês, no centro da cidade foram retomadas as ligações dos dois miniautocarros elétricos – Caramuru e Himalaia -depois de um período de interrupção devido à pandemia de covid-19.
Os dois miniautocarros elétricos começaram o operar no centro histórico de Viana do Castelo, entre segunda e sexta-feira, em 2005. Até 2019, segundo os últimos dados divulgados pelo município, já tinham transportado mais de meio milhão de pessoas.
Cada autocarro tem 5,3 metros de comprimento e 2,07 de largura, transportando 22 passageiros, oito dos quais sentados. Tem instalação para segurar uma cadeira de rodas e atinge uma velocidade de 33 quilómetros por hora.
A aposta naqueles miniautocarros foi justificada “com o facto de ser um meio amigo do ambiente urbano, de ser o mais adequado a uma utilização nos centros urbanos e ainda pela sua fiabilidade e baixo custo de exploração”.