Num momento em que faltam colocar algumas luminárias e concretizar pequenos pormenores, o Centro Histórico de Caminha apresenta-se com novo esplendor, completamente requalificado em diversas artérias, com melhores acessibilidade para pessoas de mobilidade reduzida e num contexto mais amigo dos peões, do comércio e das esplanadas.
Trata-se de uma obra de 900 mil euros que começou pela requalificação do Largo Dr. Luís Feital Carneiro, Travessa do Tribunal, Largo dos Combatentes e rua Ricardo Joaquim de Sousa (rua Direita) e que, nos últimos meses, se espraiou para a rua de S. João e Praça Conselheiro Silva Torres, abrangendo pequenas partes de ruas adjacentes com destaque para a parte poente da Avenida Manuel Xavier. Para o Presidente da Câmara Municipal de Caminha “foram obras profundas, muito tempo de espera numa zona particularmente sensível e com permanente acompanhamento arqueológico. Mas só há uma forma de fazer as obras difíceis que são necessárias fazer: é fazendo!”.
Para Miguel Alves, “é devido um agradecimento muito especial a todos os moradores e comerciantes do Centro Histórico de Caminha que aguardaram, com paciência, o decurso da empreitada. Se hoje temos infraestruturas novas, rede de gás natural, fibra ótica por todo a zona histórica, novas zonas de lazer e usufruto para as famílias e um novo atrativo para os turistas, devemo-lo a todos os que testemunharam as obras com incómodo, mas com o propósito maior de fazer de Caminha uma vila ainda mais bonita. Podemos discutir um pormenor, podemos achar que isto ou aquilo poderia ter sido feito de maneira diferente, podemos discordar sobre o estacionamento ou a limitação do trânsito, mas, numa coisa, creio que a esmagadora maioria dos Caminhenses estarão de acordo: valeu a pena esperar, Caminha está formidável!”
A partir desta segunda-feira, dia 19 de junho, já será possível a circulação de automóveis pela rua de S. João e Praça Conselheiro Silva Torres, bem como o estacionamento de viaturas limitado a 15 minutos. Contudo, Miguel Alves avança com a novidade de “cortar o transito automóvel na rua de S. João, aos fins-de-semana, para libertarmos o espaço público para as pessoas e para as famílias. Na fase final da obra foi muito evidente como as crianças, os turistas e a generalidade das pessoas tomaram o centro da rua e do Terreiro para si, para as suas caminhadas, para os passeios de bicicleta. A rua deve ser, sobretudo, das pessoas e todos temos que nos mentalizar que os espaços são mais bonitos a atrativos sem carros. Vamos fazer uma experiência piloto este verão e avaliar como resulta. Eu aposto todas as fichas em como as pessoas vão adorar e os comércios vão ficar a ganhar!” remata o Presidente da Câmara.
Apesar das obras estarem praticamente concluídas, ainda estão em curso trabalhos relacionados com a iluminação pública do Centro Histórico, incluindo a monumental Igreja Matriz. Haverá ainda algumas pequenas obras de aperfeiçoamento, o parque de estacionamento do Tribunal terá já duas entradas ao fim-de-semana e foram debatidas soluções de cargas e descargas com os comerciantes e a Junta de Freguesia de Caminha e Vilarelho. No final do verão será feita uma avaliação das medidas tomadas de modo a melhorar as soluções de uso da via pública.