“É um investimento muito importante face à dificuldade que o IPVC tem de espaço físico para a investigação. Temos cerca de cinco mil alunos e os investigadores não podem estar sujeitos a entrar quando os alunos saem e a sair quando os alunos entram na instituição”, afirmou hoje o presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).
Carlos Rodrigues, que falava no auditório Lima de Carvalho, na sede do IPVC, em Viana do Castelo, durante o protocolo de colaboração institucional que assinou com o presidente da Câmara, José Maria Costa, disse ter a “perceção que estas necessidades vão ser resolvidas pelas entidades financiadoras”.
“Para isso é preciso termos um projeto pronto. Em boa hora a Câmara de Viana do Castelo disponibilizou-se para nos ajudar. É uma grande ajuda para a instituição e uma grande ajuda a todo o distrito de Viana do Castelo”, sublinhou.
O novo Centro de Investigação e Desenvolvimento do IPVC vai ser construído no campus da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), na Praia Norte, e “tem como propósito integrar numa única infraestrutura dedicada ao desenvolvimento de investigação de elevada qualidade um conjunto de unidades de investigação da instituição de ensino superior, recentemente aprovadas pela tutela”.
A “par das referidas unidades de investigação serão instalados no novo edifício várias estruturas laboratoriais de caráter aplicado que atualmente se encontram dispersas nas três escolas do IPVC situadas na cidade”.
O edifício, destinado à atividade das unidades de investigação já existentes no IPVC e outras que venham a ser criadas no âmbito de parcerias com outras instituições de ensino superior, vai ocupar uma área útil prevista de aproximadamente 5.000 metros.
O centro de investigação “pretende agregar competências que atualmente se encontram dispersas, criar sinergias entre investigadores seniores e jovens investigadores, muitos deles oriundos das formações lecionadas pelo IPVC”.
O objetivo é que venha a constituir-se também como “um polo de atração e de suporte em Viana do Castelo para empresas de base tecnológica, e para investigadores nacionais e internacionais que nesta instituição pretendam desenvolver projetos e testes no âmbito das energias renováveis oceânicas e robótica submarina e evoluir nos seus trabalhos de pesquisa e de investigação”.
Presente na sessão, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, sublinhou que o IPVC “é o maior ativo do distrito” e justificou o apoio municipal no projeto do novo centro de investigação e desenvolvimento “com a necessidade do concelho e da região estarem na primeira linha da inovação e da capacitação dos seus recursos humanos”.
“Temos de criar condições para que os nossos institutos politécnicos e universidades possam cada vez mais transferir conhecimento para as nossas empresas, para podermos exportar mais e, sobretudo, com mais valor acrescentado”, destacou.
Já o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, disse que o protocolo hoje assinado entre a autarquia e o IPVC “é um exemplo da importância que as forças vivas dos territórios dão à inovação”.
“Este projeto vai ter, com toda a certeza, consequência”, afiançou.
Além do Centro de Investigação e Desenvolvimento em Viana do Castelo, o IPVC está a desenvolver negociações com a Câmara de Ponte de Lima para a criação de um espaço semelhante na Escola Superior Agrária (ESA).
Com cerca de cinco mil alunos, o IPVC tem seis escolas – de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer -, ministrando 28 licenciaturas, 40 mestrados, 34 Cursos de Técnicos Superiores Profissionais (CTESP) e outras formações de caráter profissionalizante.
Além das escolas superiores de saúde, educação e tecnologia e gestão, situadas em Viana do Castelo, o IPVC tem escolas superiores instaladas em Ponte de Lima (Agrária), Valença (Ciências Empresariais) e Melgaço (Desporto e Lazer).