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23 Jun 2021

CDU aposta no advogado Romão Araújo para Câmara de Arcos de Valdevez

Pedro Xavier

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A CDU escolheu Romão Araújo, advogado de 32 anos, para encabeçar a lista da coligação à Câmara de Arcos de Valdevez, nas eleições autárquicas deste ano.

Romão Araújo, natural da freguesia de Gondoriz, explicou hoje que a candidatura da CDU “elege como principal objetivo o aumento da consciencialização dos arcuenses para a possibilidade de uma gestão da Câmara verdadeiramente democrática”.

“Sejamos claros: lutamos por um mundo sem amos. Para isso, desejamos que esta candidatura aumente o número de votos, almejando a eleição de vereadores para o executivo municipal”, afirmou o militante do PCP e membro da Direção Regional do PCP de Viana do Castelo.

Romão Araújo adiantou que a candidatura que encabeça pela primeira vez à Câmara de Arcos de Valdevez “luta por um mundo em que desapareça a escravidão que emerge da relação iníqua entre os que tudo possuem e aqueles que nada têm a não ser a sua força de trabalho”.

“A lista que encabeço conta com pessoas que se preocupam com Arcos de Valdevez e que apresentam um trabalho no âmbito institucional que se alia a uma forte componente de intervenção e auscultação diária junto dos nossos concidadãos”, referiu Romão Araújo que, em 2017, foi cabeça-de-lista à Assembleia Municipal onde é, desde então, deputado da bancada comunista.

O advogado apontou como uma das prioridades da sua candidatura a reversão da empresa Águas do Alto Minho (AdAM) e a devolução da gestão das redes de abastecimento de água em baixa e de saneamento básico ao município.

A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.

A constituição da empresa tem sido contestada por vários partidos e pela população, que se queixam do aumento “exponencial” das tarifas e do “mau” funcionamento dos serviços.

“A concessão das águas trouxe graves consequências para as pessoas, com aumentos na conta da água e perda de autonomia dos municípios na gestão”, sustentou Romão Araújo, apontado também como apostas “a implementação de planos de emergência nas zonas industriais, valorização dos trabalhadores e dos seus direitos, a defesa de uma Câmara Municipal que responda aos anseios da população e de um ambiente sadio, sem descargas no rio Vez”.

A “defesa do erário público e denúncia do clima de medo que existe em Arcos de Valdevez” são também preocupações da candidatura comunista.

“Grande parte da vida económica está nas mãos de figuras de proa do PSD, o que condiciona – e muito – o exercício de uma democracia efetiva. Não lutamos contra pessoas, lutamos contra um sistema que busca somente o lucro em vez das reais necessidades da população. Negamos a barbárie capitalista. Negamos um sistema de alienação, competição grotesca que nos tenta convencer que toda a desigualdade gritante e destruição ambiental é justificada por motivações económicas inevitáveis”, adiantou.

Nas autárquicas de 2017, o PSD conquistou 67,81% dos votos e seis mandatos, o PS conseguiu 17,68% dos votos e um mandato autárquico. O CDS-PP 5,62% e o PCP 3,86% dos votos.

De acordo com a lei, as eleições autárquicas decorrem entre setembro e outubro, mas a data ainda não está marcada.

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