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05 Jun 2021

Euro sub-21: Portugal e Alemanha discutem 23.º troféu continental de ‘esperanças’

Pedro Xavier

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As seleções de futebol de sub-21 de Portugal e Alemanha discutem no domingo a final da 23.ª edição do Europeu da categoria, três dias depois de suplantarem com aperto as respetivas meias-finais diante de Espanha e Países Baixos.

Os pupilos de Rui Jorge colocaram-se na quinta-feira pela terceira vez a um triunfo do título, ao vencerem a atual detentora do troféu e pentacampeã (1-0), numa semana em que já tinham afastado a Itália (5-3, após prolongamento), também com cinco cetros.

Um autogolo de Jorge Cuenca, aos 80 minutos, quando tentava intercetar um centro na direita de Fábio Vieira, lançado por Vítor Ferreira, acabando por fazer um ‘chapéu’ ao guarda-redes Álvaro Fernández, bastou para Portugal manter-se invicto nesta fase final.

O médio cedido pelo FC Porto aos ingleses do Wolverhampton sobressaiu mesmo outra vez com o prémio de melhor jogador em campo da UEFA – o primeiro entregue na ronda inaugural com a Croácia (1-0) -, sinal da mestria na hora de temporizar a armada lusa.

Ao somar o 12.º triunfo seguido em jogos oficiais, Portugal fixou a maior série vitoriosa no escalão de ‘esperanças’, à frente de dois ciclos continuados de 11 vitórias, ambos neste século, de setembro de 2013 a junho de 2015 e de junho de 2004 a novembro de 2005.

A equipa das ‘quinas’ sofreu para lá chegar, beneficiando, além do golo fortuito, num dos seus raros ataques perigosos, de várias oportunidades perdidas da Espanha na etapa complementar, depois de um primeiro tempo repartido entre estilos de jogo semelhantes.

Em Maribor, Portugal manteve às custas da pentacampeã europeia (1986, 1998, 2011, 2013 e 2019), que ainda conta com três finais frustradas (1984, 1996 e 2017), o ataque mais concretizador do Euro2021 de sub-21, com 12 golos, um acima dos Países Baixos.

Volvidas três horas do duelo ibérico, os holandeses, campeões continentais em 2006 e 2007, descontinuaram o seu registo invicto no torneio diante da Alemanha, detentora dos títulos de 2009 e 2017, ao perderem por 2-1, na cidade húngara de Székesfehérvár.

Um ‘bis’ de Florian Wirtz, aos 29 segundos, no golo mais rápido de sempre em fases finais, e aos oito minutos, lançou o ‘onze’ de Stefan Kuntz para a quinta final, a terceira seguida e a quarta nas últimas sete edições, nada beliscada pelo tento de Perr Schuurs, aos 67.

Estruturados num tradicional 4-3-3, os germânicos têm três totalistas desde a fase de grupos, ocorrida entre 24 e 31 de março, como o guarda-redes Finn Dahmen (Mainz) e os defesas centrais Amos Pieper (Arminia Bielefeld) e Nico Schlotterbeck (Union Berlin).

Outros titulares indispensáveis são o lateral Ridle Baku (Wolfsburgo), o médio Arne Maier (Hertha Berlim) e os avançados Mergim Berisha (Red Bull Salzburgo) e Lukas Nmecha (Anderlecht), um dos ‘artilheiros’ a prova, junto ao italiano Patrick Cutrone, o holandês Myron Boadu, o espanhol Javi Puado e o português Dany Mota, todos com três golos.

Há ainda nomes suscetíveis de serem utilizados durante a final, casos de David Raum (Greuther Furth), Salih Ozcan (Colónia), Niklas Dorsch (Gent) ou Jonathan Burkardt (Mainz), além de Karim Adeyemi (Red Bull Salzburg) e Florian Wirtz (Bayer Leverkusen), ambos ausentes da primeira fase e convocados apenas para a ronda eliminatória.

A Alemanha chega ao encontro decisivo plena de invencibilidade, já que se impôs à Hungria (3-0) e empatou com Países Baixos (1-1) e Roménia (0-0) para ficar na vice-liderança do Grupo A, com os mesmos cinco pontos dos últimos dois oponentes, mas menor diferença de golos (4-1) face aos holandeses (8-3), ao invés dos romenos (3-2).

Exatos dois meses depois, a ‘mannschaft’ regressou a solo magiar para responder a duas desvantagens no embate dos quartos de final frente à Dinamarca, decidido no desempate por penáltis (6-5), que proporcionou o reencontro com os Países Baixos

Orientada desde 2016 pelo ex-avançado internacional Stefan Kuntz, de 58 anos, que se sagrou campeão sénior de seleções no Euro1996, a Alemanha tenta desempatar a seu favor diante de Portugal o balanço em finais, com dois triunfos e outros tantos desaires.

Já a formação de Rui Jorge, ausente da edição de 2019, quer olvidar as frustrações dos torneios de 1994 e 2015 e somar um inédito título à oitava presença na fase final de um Europeu de sub-21, que tem decorrido na Hungria e Eslovénia num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.

Portugal e Alemanha defrontam-se este domingo, às 21:00 (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, talismã capital eslovena onde as cores nacionais já venceram Inglaterra (2-0) e Suíça (3-0), na primeira fase, e a Itália, nos quartos de final, três anos após terem celebrado um inédito título de campeão europeu de futsal na Arena Stozice.

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