O concelho vianense tem, assim, em desenvolvimento, o projeto Windfloat, o maior projeto europeu de energias eólicas em plataformas flutuantes, liderado pela EDP Inovação. O parque eólico é capaz de gerar energia suficiente para fornecer o equivalente a 60 mil famílias por ano. A sua estrutura – com uma altura de 30 metros e uma distância de 50 metros entre cada coluna assente nas plataformas – dispõe das maiores turbinas eólicas do mundo instaladas numa superfície flutuante, cada uma com capacidade de produção de 8,4 MW.
O projeto recorre à inovadora tecnologia WindFloat, que permite que as três plataformas sejam ancoradas a uma profundidade de 100 metros, minimizando o impacto ambiental e facilitando o acesso a recursos eólicos sem explorar águas profundas.
Recorde-se que a Enercon concluiu recentemente um investimento de 20 milhões de euros na ampliação de instalações para produção de pás e componentes para torres eólicas e que vai permitir criar 500 novos empregos em Viana do Castelo. A Enercon remodelou uma antiga fábrica de torres eólicas e ampliou o pavilhão de produção de pás, tornando assim a fábrica vianense na principal unidade produtiva do grupo.
Recorde-se que a Enercon tem instalações nos parques empresariais da Praia Norte e de Lanheses, com produção de pás, torres em betão, geradores, mecatrónica, centro de treino, administração, manutenção e serviços, reunindo cerca de 1.500 funcionários. Nos próximos dois anos a empresa deverá ainda investir mais 5 a 7 milhões de euros em equipamentos para a criação de um Hub Criativo que funcione como centro de investigação de novos protótipos de pás.
Já a Agenda para a Economia do Mar de Viana do Castelo está a ser preparada com o objetivo de captar 500 milhões de euros de investimento público e privado ao longo da próxima década, promovendo a criação de 1.000 postos de trabalho. Para tal, o concelho deverá ampliar a aposta nas energias renováveis oceânicas, promover desenvolvimentos nas áreas da construção e reparação naval, no terminal de cruzeiros previsto no plano plurianual de investimentos, apostar na pesca, na aquacultura e nos desportos náuticos.