Numa intervenção no Fórum do Desporto da União Europeia (UE) 2021, organizado pela Comissão Europeia, o responsável pela pasta do desporto no Governo português realçou que o setor deve ser pensado quanto às dimensões “socioeconómica” e “ambiental”, bem como ao seu papel na melhoria da saúde das pessoas, estando aberto a novos “produtos e serviços”.
“Inovação nos produtos e serviços apelam à participação dos nossos cidadãos no desporto e na atividade física, aumentando o bem-estar global da nossa população, o que já estabelecido como uma das principais ‘bandeiras’ da Comissão, com um grande impacto nos cidadãos da União Europeia”, realçou, no discurso proferido.
Para Tiago Rodrigues Brandão, essa inovação, capaz de melhorar a ‘performance’ desportiva, de aumentar a proximidade entre os cidadãos e de tornar as sociedades “mais inclusivas”, com meios para construírem “pontes” entre “culturas e nações”, passa quer pelas infraestruturas, quer pela “transição digital”.
O ministro justificou a inclusão da diplomacia desportiva entre as prioridades da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, por entender que o assunto em causa é “linguagem, prática e aspiração universal”, que se afirma como uma ferramenta de “poder suave” para a União se afirmar no “palco global”.
O responsável salientou ainda que a promoção desta iniciativa deve seguir o Plano de Trabalho da UE para o Desporto 2021-2024 e vincou que a discussão acerca da recuperação do setor na sequência da pandemia de covid-19, levada a cabo na semana passada por iniciativa da presidência portuguesa, deu “excelentes pistas” para um futuro em que se deseja um desporto e uma Europa mais “saudáveis e sustentáveis”.
Tiago Rodrigues Brandão mencionou ainda o lançamento do Apelo de Lisboa para a Inovação no Desporto, durante o seminário “Inovação no Desporto: para além do habitual”, agendado para 16 e 17 de junho, na capital portuguesa.