“Vemos como positiva a reunião da PARCA que vai hoje decorrer, mas é essencial que todos os participantes levem propostas positivas e que dessa reunião surjam decisões para salvar a produção de leite”, sustenta a Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep) em comunicado.
Segundo refere, o encontro “não pode ser mais um episódio de ‘passa culpas’ a ‘sacudir a água do capote’, enquanto os produtores se endividam, adiam pagamentos e podem ser obrigados a reduzir a alimentação dos animais”.
A Aprolep recorda que “os produtores de leite estão há seis meses a suportar aumentos brutais nos custos de alimentação das vacas leiteiras”, num contexto em que já trabalhavam com uma margem “quase nula”, pois recebem “o mesmo preço há mais de 20 anos” e têm suportado “aumentos no custo da energia, da mão de obra e de todos os fatores de produção”.
“Estamos com um preço médio de 30 cêntimos/kg (quilograma) para um custo que estimamos de 35 cêntimos. Um estudo recente do Ministério da Agricultura espanhol confirma esse valor. Por isso, propomos um aumento imediato de cinco cêntimos para cobrir os custos de produção”, avança.
De acordo com a associação, no comunicado em que anunciou a reunião da PARCA, o Ministério da Agricultura “reconheceu ‘as dificuldades que se vêm registando no setor do leite, num contexto de significativo aumento dos custos da alimentação animal’”.