A análise foi feita pela consultora MOAI para o Movimento Saúde em Dia e por parte de dados públicos do Serviço Nacional de Saúde, comparando os meses de março 2020/fevereiro 2021 com março 2019/fevereiro 2020.
Ao nível das consultas médicas presenciais nos centros de saúde, a queda foi de 46%, com menos nove milhões de consultas no primeiro ano de pandemia comparado com o período homólogo anterior, com os médicos de família a serem desviados para os doentes Covid-19, acompanhando mais de 90% dos casos.
Nos hospitais do SNS houve menos de 4,5 milhões de contactos no primeiro ano de pandemia, entre consultas, urgências, cirurgias e internamentos.
As primeiras consultas hospitalares tiveram uma redução de 20% (menos cerca de 700 mil consultas), enquanto as cirurgias programadas caíram 26% e as cirurgias urgentes decresceram 13%.
A procura de urgências hospitalares também foi afetada, com uma redução de quase 40%, o que equivale a menos 2,5 milhões de episódios. Os casos considerados mais graves ou urgentes, com pulseira vermelha, reduziram-se 22%; as pulseiras laranja caíram 31% e os episódios com pulseira amarela diminuíram 40%.
Nos cuidados de saúde primários, é igualmente evidente o efeito da pandemia. No total, houve menos 13,4 milhões de contactos médicos e de enfermagem presenciais nos centros de saúde.
Ao nível das consultas médicas presenciais, a queda foi de 46%, com menos nove milhões de consultas no primeiro ano de pandemia comparado com o período homólogo anterior.
Os contactos de enfermagem presenciais reduziram-se 20%, sendo menos quatro milhões de contactos.
Por outro lado, os contactos médicos e de enfermagem não presenciais aumentaram, respetivamente, 130% e 70%. No caso dos contactos médicos à distância poderão estar relacionados com o trabalho dos centros de saúde no acompanhamento dos casos de Covid-19 com doentes que ficam no seu domicílio, sem doença grave.