Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) revelou ainda tratar-se de “trabalhadores com responsabilidades familiares (filhos pequenos e pais a cargo)”.
Segundo Rosa Silva, daquele sindicato, a empresa está a “aproveitar-se do facto de haver falta de pessoal nestes dois meses para pressionar os trabalhadores, que normalmente fazem o horário das 04:00 às 13:00, a alterarem o horário da reposição”.
“O problema é que não foram ouvidos nem achados, quando o Contrato Coletivo de Trabalho obriga a que seja obtido um acordo. Além disso mudaram-lhes as folgas, violando mais uma vez o CCT”, denunciou a sindicalista.
Rosa Silva deu conta ainda de uma reunião na quinta-feira com a diretora dos recursos humanos do Pingo Doce de Monção, Sandra Amorim, para tentar resolver o diferendo, tendo recebido como resposta aos apelos: “se não querem, metam baixa”.
Lê-se ainda no comunicado que o Pingo Doce alega que os “trabalhadores são imprescindíveis nesse horário”, contrapondo o sindicato que estes “estão disponíveis para trabalhar nos horários em que sempre trabalharam, e que sempre lhes possibilitou cumprir com as suas responsabilidades familiares”.
Prossegue a sindicalista que as ameaças dos responsáveis da loja do distrito de Viana do Castelo chegam ao ponto de “que se não aceitarem e cumprirem os horários impostos serão posteriormente transferidos para a loja que irá abrir em Valença”, que dista cerca de 24 quilómetros de Monção.
O CESP revela ter solicitado a “intervenção urgente da Autoridade para as Condições de Trabalho”.