A ação apresentada na sexta-feira pela queixosa, identificada apenas pelas iniciais J.C., alega que Bob Dylan a agrediu quando tinha 12 anos, durante um período de seis semanas, entre abril e maio de 1965, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).
Segundo a queixa, o cantor “abusou do seu estatuto de músico para fornecer álcool e drogas a J.C. e para a agredir sexualmente em várias ocasiões”.
Dylan é ainda acusado de ameaçar fisicamente a menor.
Algumas das alegadas agressões terão tido lugar no apartamento de Bob Dylan em Nova Iorque, no famoso Chelsea Hotel, de acordo com a ação, citada pela AFP.
A queixosa afirma que Dylan lhe causou “graves danos psicológicos e traumas emocionais”.
O montante dos danos reclamados não é especificado.
Um agente de Bob Dylan não respondeu às questões da AFP.
Numa declaração ao jornal USA Today, o porta-voz do cantor afirmou que “a acusação, com 56 anos, é falsa e será vigorosamente combatida”.
A ação foi apresentada um dia antes do fim da data-limite, ao abrigo de uma lei do estado de Nova Iorque que permite às vítimas de abuso sexual processar os seus alegados agressores, independentemente de quando o ato tenha sido praticado.
Na semana passada, uma das alegadas vítimas de Jeffrey Epstein, o falecido empresário acusado de abuso sexual nos Estados Unidos, utilizou esta lei para processar o príncipe André de Inglaterra, filho da rainha Isabel II, por alegada agressão sexual quando tinha 17 anos.
Vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 2016, por “criar novas expressões poéticas na grande tradição da canção americana”, Bob Dylan é considerado o maior cantor-compositor de todos os tempos.
As suas canções mais famosas incluem “Blowin’ in the Wind”, “The Times They Are a-Changin’” e “Like A Rolling Stone”.
O artista, com 80 anos, vendeu mais de 125 milhões de álbuns em todo o mundo.