A empresa que a jovem licenciada em design do produto e mestrado em design integrado pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) criou no início deste ano já levaram os seus “tapetes de decoração personalizados, ao gosto de cada cliente, a países como a Alemanha, a Bélgica ou a França”.
“Ainda são pequenas encomendas, mas também não tenho capacidades para produzir mais. Neste momento, sou só eu a produzir e tenho a ajuda da minha mãe”, referiu Ana Miguel Silva, citada em uma nota hoje enviada à imprensa pelo IPVC.
As peças são feitas em ‘tufting’, um tipo de tecelagem têxtil em que um fio é inserido em uma base primária, uma técnica milenar utilizada para fazer roupas quentes, especialmente luvas.
Quando ingressou no curso da ESTG, Ana Miguel “tinha como foco os interiores, até porque ganhou o bichinho com a avó que trabalhava na área da decoração”.
“Agora descobri as tapeçarias decorativas para parede, feitas com técnica de ‘tufting’, que é uma técnica mais moderna que utiliza uma pistola pneumática para obter arte têxtil volumosa e colorida. O desenho é criado a partir de pinturas, de cores e de imagens que vai gostando, depois é projetado para a tela. A partir daí é só começar a disparar com a pistola pneumática. É só seguir as linhas do desenho, sendo que de um lado só se vê os pontos e do outro lado nasce o tapete”, explicou,
O negócio de Ana Miguel Silva, de Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, começou a ser pensado durante os períodos de confinamento impostos pela pandemia de covid-19, face à falta de resposta aos currículos que foi enviando na procura de uma oportunidade para entrar no mercado de trabalho.
A “vocação para a decoração de interiores, herdada da mãe e da avó” foi meio caminho andado para a aposta que viria a fazer na técnica de ‘tufting’ para a criação dos tapetes decorativos.
“Comecei a explorar como funcionava e como podia produzir tapetes. Investi um bocadinho em materiais e comecei a experimentar a técnica de ‘tufting’, contou a jovem de Vila Nova de Famalicão, admitindo que o processo “correu muito bem”.
O projeto de negócio começou a ganhar forma com a chegada da máquina própria para a execução das peças.
“O tecido estava mais demorado, já que não existe o tecido em Portugal. Ao arrumar a garagem da minha avó, local onde começou o negócio ligado à decoração, a minha mãe encontrou um tecido. As minhas primeiras telas foram experiências que fiz com esse tecido”, revelou Ana Miguel.
Quando o tecido que encomendara chegou, estava pronta para fazer tapetes.
“Com a ajuda de vídeos no Youtube e contatos com artistas que já trabalham com esta técnica no estrangeiro fui percebendo qual o melhor material a usar”, especificou.
Primeiro recebeu encomendas de “familiares e amigos”, determinantes “para transformar a tapeçaria em obra de arte para colocar na parede”.
“Tive dois amigos que me deram liberdade total para fazer peças para eles”, recordou Ana Miguel, confidenciando que “cada tapete é uma nova experiência”.
Com cerca de cinco mil alunos, o IPVC tem seis escolas – de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer -, ministrando 28 licenciaturas, 40 mestrados, 34 CTeSP e outras formações de caráter profissionalizante.
Além das escolas superiores de saúde, educação e tecnologia e gestão, situadas em Viana do Castelo, o IPVC tem escolas superiores instaladas em Ponte de Lima (Agrária), Valença (Ciências Empresariais) e Melgaço (Desporto e Lazer).