Ligado à música já lá vão mais de 12 anos, Afonso Carvalhido, atualmente com 24 anos, sentiu “uma necessidade maior” de criar conteúdo e personagem própria. “Iniciei-me em bandas filarmónicas, passei por orquestras e depois entrei num grupo em 2013”, contou o artista, confessando que nos últimos dois anos precisou “amadurecer” o fator musical. “Fiz algo a solo e agora estou a planificar mais estruturadamente o que vou fazer. Quero fazer algo com conteúdo e vincular a arte nas coisas que faço a solo”, contou.
A base conceptual desta música é a crença verbal em que todos se tentam posicionar consequentemente na vida e a tentativa de exprimir o ciclo e as circunstâncias alheias que não se controlam. “Vai bem” conta com produção de Fabrice, coprodução de Afonso e baixo de Hugo Carvalho. O videoclip foi dirigido por Rui dos Anjos e a cinematografia por André Pêga, com a figuração de Afonso e Débora Pina, vestidos pela marca Majatu.studio.
Este primeiro projeto a solo apresenta “um lado muito melancólico, muito pessoal e introspetivo”, sublinhou Afonso, confirmando que gosta “da filosofia das coisas e da forma como as pessoas pensam”. O artista pretendeu, neste primeiro single, tentar vincular-se “não ao lado de revoltado, mas ao lado de expor a realidade e traduzir isso em arte e em música”. O primeiro single acaba por ser o resultado de uma fase “mais complicada”, por isso, “Vai Bem” é um trabalho com “muito sentimento”.
A reação do público não podia ser melhor, mas Afonso Carvalhido está agora a fazer “um trabalho maior”. “Lancei este single um bocado a quente, senti que era a altura, mas não me arrependo. As pessoas ao falarem sinto que preciso dar mais e explorar mais a minha parte artística”, assumiu. Por isso, o próximo trabalho vai “surpreender” o público, já que vai trazer “uma temática mais sedutora, mais corporal e mais quente”.