“O saldo global do subsetor da Segurança Social atingiu em julho -445,7 milhões de euros, o que representa uma variação positiva de 2,7 milhões de euros face ao período homólogo”, refere o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social num comunicado divulgado no âmbito da execução orçamental até julho, hoje conhecida.
A contribuir para aquele resultado esteve um aumento da receita efetiva de 1.373,9 milhões de euros e um crescimento da despesa efetiva em 1.371,1 milhões de euros, o que, segundo o ministério tutelado por Ana Mendes Godinho, “se deve em grande parte às medidas extraordinárias adotadas para fazer face aos efeitos socioeconómicos da pandemia” de covid-19.
Ate julho, a receita efetiva da Segurança Social ascendeu a 18.146,7 milhões de euros, o que representa um aumento de 8,2% face ao mesmo mês de 2020.
“Este resultado deve-se ao acréscimo de 894,1 milhões de euros em contribuições e quotizações (mais 8,9% do que no período homólogo de 2020) e ao aumento do financiamento do Orçamento do Estado em 237,9 milhões de euros, bem como das transferências correntes da União Europeia em 112 milhões de euros, mais 15,9% que no período homólogo”, detalha o comunicado.
Já a despesa efetiva atingiu os 18.592,3 milhões de euros até julho, valor que reflete um aumento de 8% face ao mesmo período do ano passado e que é essencialmente explicado pelas referidas medidas de mitigação da pandemia, que representam um acréscimo de despesa de 1.596,4 milhões de euros.
Além dos gastos relacionados com as medidas relativas à covid-19, o aumento da despesa deve-se ainda à subida em 18,8% (161,1 milhões de euros) da despesa com prestações de desemprego, bem como ao aumento da despesa com pensões em 2,7% (mais 279,1 milhões de euros) e em 11,3% (mais 121,1 milhões de euros) com programas e prestações de ação social.
O défice das contas públicas fixou-se em 6.840 milhões de euros até julho, recuando em 1.631 milhões de euros face ao período homólogo.