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Marta Paço e Sacha Garcia, atletas do Surf Clube de Viana (SCV), foram os grandes vencedores nas categorias de Para Surfing e de Sub 18 respetivamente. Também Kekoa Hummel, da AON, subiu ao lugar mais alto do pódio em Sub 14 e em Sub 16, Maria Silva, da A.M.E, destacou-se em Sub 16 Feminino e Ana Lima, do Clube de Surf do Porto, em Sub 18 Feminino.
Num fim de semana em que praticamente não houve ondas nas praias portuguesas, a Arda voltou a registar boas condições para o surf.
Segundo João Zamith, presidente do SCV, esta prova teste que pretendia potenciar sobretudo o surf na região Norte, além de enquadrar-se na grande aposta do clube para esta época – potenciar a competição na formação como resposta à drástica redução de eventos competitivos em Portugal devido à pandemia – teve um balanço muito positivo.
“Tivemos seis categorias, incluindo Para Surfing e duas femininas, e conseguimos envolver vários clubes da Região Norte. Sendo que alguns deles têm vindo a mostrar disponibilidade para se juntarem a nós nesta estratégia de desenvolvermos mais eventos a Norte para dinamizar a formação desportiva” explica.
Este campeonato teve como novidade a transição para o digital, através de um software que, ao permitir o seu seguimento on-line, incluindo dos resultados, possibilitou a abolição do papel e mais um passo rumo à sustentabilidade.
Teresa Abraços foi uma das primeiras mulheres a fazer surf em Portugal e que, além de ter sido campeã nacional, representou durante vários anos a seleção nacional. Em 1998, deixou de competir e está ligada ao surf adaptado desde 2012. Atualmente é voluntária e vice-presidente da Associação Portuguesa de Surf Adaptado (SURFAddict), associação sem fins lucrativos, destinada a proporcionar a prática do surf a qualquer pessoa com deficiência motora, visual ou cognitiva, e marcou presença neste evento.
Para Teresa Abraços que tem duas paixões, o Surf Adaptado e o surf feminino, “este campeonato foi um excelente exemplo a seguir de inclusão, tanto das pessoas com deficiência como de género. Também fiquei impressionada com o ambiente saudável de competição, onde reinou o desportivismo.”
Ao nível do Surf Adaptado, considera que, desde 2012, nota-se uma grande evolução em Portugal. Cada vez que realizamos uma atividade numa praia, conseguimos, além de tirar as pessoas de casa e proporcionar-lhes benefícios inerentes à prática de atividade física, desmistificar a questão da deficiência e isso representa uma excelente forma de inclusão social. Também acabamos por chamar a atenção para a importância das acessibilidades, sobretudo para pessoas com mobilidade reduzida”, conta.
O XXII Luso Galaico é o campeonato que se segue. Realiza-se já a 28 e 29 de agosto. Colocando em competição na praia da Arda as categorias de Surf Open, Surf Feminino, Bodyboard Open, BB Feminino, Longboard Open e Para Surfing.
Este clássico ibérico, cujas inscrições encerram já na próxima quarta-feira, vai contar com a participação da Seleção Galega de Bobyboard, bem como de dois atletas galegos com deficiência visual, que conjuntamente vão estagiar no Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo.
O Campeonato Nacional Surf Esperanças encerra o Viana Surf City Festival 2021, a 4 e 5 de setembro, com as categorias Sub 16F e Sub 18F.
RESULTADOS I SURFINGVIANA D´AGONIA:
Para Surfing
1 Marta Paço – SCV
2 Hugo Madruga – SCV
3 Tomás Freitas – SCV
4 Lucas Borges – SCV
Sub 14
1 Kekoa Hummel − AON
2 Maximillen Giran − Associação Sealand Santa Cruz
3 Diogo Tavares − A.M.E
4 Lucien Mahassel − AON
Sub 16
1 Kekoa Hummel − AON
2 Tomás Bugallo − A.M.E
3 José Calçada
4 Diogo Rodrigues − SCV
Sub 16 Feminino
1 Maria Silva − A.M.E
2 Teresa Pereira − CSP
3 Sofia Gil − SCV
4 Joana Barbedo
Sub 18
1 Sacha Garcia − SCV
2 João Crespo − ESC
3 Luís Gomes − ORNI
4 Duarte Dias − Clube de Surf do Porto
Sub 18 Feminino
1 Ana Lima – Clube de Surf do Porto
2 Raquel Vale − SCV
3 Marta Pedrosa − ASA
4 Ana Carolina Marques
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