“De que serve termos uma política de saúde de proximidade e depois as pessoas esperarem anos por uma cirurgia ou por uma consulta urgente? Só há mudança se introduzirmos uma medida como o cheque saúde”, disse Cristina Miranda.
A cabeça de lista do Chega à Câmara de Viana do Castelo, que falava à margem de uma ação de campanha, adiantou que, com o cheque saúde, “as pessoas receberiam antecipadamente o valor que o Estado pagaria pelo serviço que precisam, para descontarem em qualquer hospital que tivesse vaga para a especialidade pretendida”.
“Se não houver este tipo de ajuda, por muitos centros de saúde que tenhamos espalhados pelo país, as pessoas não resolvem os seus problemas”, sustentou.
Com o mesmo modelo, propôs também a criação do cheque farmácia, complementar ao apoio do Estado.
“Essa medida implica uma gestão camarária muito rigorosa. Saber que meios financeiros existem para acudir às pessoas. É importante pôr as pessoas em primeiro lugar. A Câmara não faz mais pelas pessoas porque desperdiça dinheiro com obras e demolições desnecessárias”, criticou.
Ainda na área da saúde, a candidata lamentou que o “consumo de canábis nas escolas secundárias da cidade” seja “uma questão em que ninguém toca”, referindo-se às restantes sete candidaturas à Câmara de Viana do Castelo.
“Há consumo à porta, o produto entra na escola, é transacionado pelos miúdos dentro da escola. Isto é real, vi eu (…). Nós temos, atualmente, em Viana do Castelo um problema grave. Não tem nada a ver com os professores. Eles são impecáveis, não podem fazer mais” por alunos “‘charrados’, que é mesmo o termo, nas aulas”, destacou.
A candidata do Chega manifestou-se “contra a legalização do consumo recreativo da canábis” por “passar uma mensagem errada aos jovens”.
“De certa forma estamos a criar uma geração de alienados. Miúdos que por qualquer frustração agarram-se a uma substância para esquecer os problemas, aligeirar as frustrações e depois a sociedade é o que se vê”, disse.
Cristina Miranda pretende ainda implementar o mesmo modelo dos cheques saúde e farmácia na educação, “entregando às famílias a verba que o Estado gasta por cada aluno para que tenham a liberdade de escolher o estabelecimento de ensino que pretendem para os seus filhos”.