Segundo o economista de 49 anos, natural do concelho, os “28 anos de gestão socialista conduziram Viana do Castelo aos últimos lugares no ‘ranking’ do poder de compra entre as capitais de distrito”.
“Os vianenses querem mudança e, se a coligação PSD/CDS apresentou uma candidatura para vencer, eu sou um dos rostos dessa candidatura enquanto cabeça de lista e candidato a presidente de Câmara. É essa a nossa missão: interpretar os ventos de mudança que os vianenses querem”, comenta.
Segundo dados da Pordata, analisados pela agência Lusa, em 2017, o índice de poder de compra per capita em Viana do Castelo (93,1) estava sete pontos abaixo da média nacional (100,0) e, em 2009, estava a 10 pontos.
Eduardo Teixeira promete “humildade, empenho, trabalho, dedicação e rigor”, caso seja eleito presidente da autarquia.
“Iremos desburocratizar o funcionamento municipal e criar desenvolvimento, devolvendo o poder de compra perdido aos vianenses. Pretendemos dar voz aos vianenses. Esse é o nosso principal compromisso”, promete.
Deputado e líder da concelhia do PSD, regressa à corrida eleitoral autárquica com o repto “É agora, Viana”.
“Tem de se dar outro nível de desenvolvimento, atratividade, emprego e oportunidades às pessoas de Viana do Castelo. O concelho precisa de quem nutra por ele um forte sentimento que ame de verdade a terra e as suas gentes”, sustenta o candidato, que também liderou, durante seis anos e até 2014, a comissão distrital social-democrata.
A coligação PSD/CDS definiu “12 eixos estratégicos”, começando pela “criação de emprego mais sustentável, seguro e com melhor rendimento, dando aos jovens a possibilidade de serem empreendedores” e com essa estratégica “atrair e manter” a sua presença no território.
Os dados da Pordata indicam que, em 2019, em Viana do Castelo, por cada 100 habitantes existiam 12 jovens com menos de 15 anos, 65 adultos e 23 idosos.
A diminuição populacional no concelho, na última década, é outras das preocupações da candidatura liderada por Eduardo Teixeira, que pretende enfrentar o desafio demográfico com uma “política de incentivos” à natalidade e de cuidados que respondam ao envelhecimento do concelho.
Com uma área de 319,02 quilómetros quadrados, o município tem, de acordo com os resultados preliminares do Censos 2021, 85.864 habitantes, menos 2.861 residentes que há 10 anos.
“No distrito, Viana do Castelo foi o concelho que, em número, perdeu mais população, três mil pessoas”, aponta.
As áreas de agricultura, florestas e mar – num “setor primário onde Viana do Castelo desinvestiu e em que desapareceram empresas” – são outros dos setores em que a candidatura quer “retomar o investimento, assim como no artesanato, criando um mercado permanente”.
No ambiente, é proposta a “criação de um parque natural na Veiga de São Simão, em Mazarefes, e na frente ribeirinha de Darque”, na margem esquerda do rio Lima, zonas agora “muito degradadas”.
A aposta em cursos profissionais, ao nível do ensino superior, ligados à ourivesaria, pesca e agricultura, os transportes escolares, a mobilidade na região e a remoção do pórtico de Neiva na autoestrada A28, entre Viana do Castelo e o Porto, são outras das propostas da lista.
O candidato quer, por outro lado, fazer “algo de diferenciador” na cultura popular, promovendo uma “profunda alteração na VianaFestas”, entidade municipal que organiza as festas do concelho: “Não podemos ter uma empresa municipal que trabalha apenas para o mês de agosto.”
Defende ainda a reversão da empresa Águas do Alto Minho (AdAM) e a devolução da gestão das redes de abastecimento de água em baixa e de saneamento básico ao concelho, além da aposta na rede de saneamento básico, atualmente com uma taxa de cobertura de 80%, e da “dignificação da carreira dos funcionários municipais”.
Eduardo Teixeira desempenha funções de primeiro secretário da mesa do Conselho Nacional e do congresso dos órgãos nacionais do PSD, e é presidente da mesa da assembleia distrital do Alto Minho.
Concorrem ainda à autarquia Luís Nobre pelo PS, Cláudia Marinho pela CDU (PCP/PEV), Jorge Teixeira pelo BE, Paula Veiga pelo Nós, Cidadãos!, Rui Martins pelo Aliança, Maurício Antunes da Silva pelo IL e Cristina Miranda pelo Chega.
Nas autárquicas de 2017, o PS conquistou 53,68% dos votos e garantiu seis mandatos. O PSD atingiu os 21,25% e dois mandatos, e a CDU alcançou 8,11%, ficando com um eleito.