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16 Set 2021

Autárquicas: Cristina Miranda confiante na eleição de dois vereadores do Chega em Viana do Castelo

Pedro Xavier

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Cristina Miranda, trabalhadora independente, que cuida de idosos e dá aulas de Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), está confiante em que a candidatura que lidera pelo Chega conquistará dois mandatos na Câmara de Viana do Castelo.

Natural e residente na freguesia de Castelo de Neiva, terra de pescadores, marcada pela forte emigração, sobretudo para o Canadá, Cristina Miranda admite que “as pessoas têm medo de dar a cara” pelo partido, mas acredita que esse receio do eleitorado se converterá num “bom resultado” para a candidatura.

“Isso até pode ser bom para o Chega, porque o voto é secreto. Nestas primeiras autárquicas a que concorremos, acredito que vamos conseguir vereadores. Um ou dois, mas até podemos ser surpreendidos e serem mais”, perspetivou a candidata, que em outubro completará 55 anos.

A presidente da distrital de Viana do Castelo do Chega adianta que a primeira medida que tomará, caso seja eleita nas autárquicas do dia 26, é pedir uma auditoria às contas da autarquia, governada há 28 anos pelo PS.

“Quero saber como está a casa que vou receber. Não posso fazer nem prometer nada sem saber como estão as contas”, afirmou.

Segundo dados da Pordata, consultados pela agência Lusa, em 2019 a despesa ‘per capita’ da Câmara de Viana do Castelo atingiu os 742 euros, quando a média nacional foi de 786 euros.

Em 2019, o saldo financeiro da autarquia foi negativo (-1.661 milhões de euros). A receita atingiu os 61.039 milhões de euros e a despesa 62,7 milhões de euros.

Técnica de geriatria, cuidadora de idosos durante as manhãs e professora de AEC à tarde, Cristina Miranda avisa que a auditoria “não pretende castigar os maus, mas ver onde podem ser feitos cortes”.

“O dinheiro público é escasso, não nasce nas árvores”, sublinhou

Para a candidata do Chega, “numa casa onde não há qualquer controlo o mais certo é haver muita despesa que pode ser cortada”.

“A Câmara tem de ter a despesa controlada, tem de emagrecer, tem de ter transparência”, insistiu.

A necessidade de um “plano de ação rápido para apoio à economia local, sobretudo às empresas instaladas no centro histórico da cidade, que vivem muitos problemas”, é outras das medidas que defenderá caso seja eleita.

“É necessário isentar essas empresas do pagamento de IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis], é preciso reduzir o preço dos parques de estacionamento, entre outras medidas, para dar oxigénio a esses negócios”, concretizou.

Em 2019, a Câmara de Viana do Castelo arrecadou 11.986 milhões de euros proveniente do IMI e 4.649 milhões de euros do Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT).

A cabeça de lista refere ainda ser necessário “que a Câmara pague aos fornecedores em 15 dias” e critica “a falta de horários nos transportes públicos”, como indica ser o caso da freguesia onde nasceu e vive.

“Aos fins de semana e aos feriados não há transportes públicos em Castelo de Neiva, e os horários são muito pobres, mesmo durante a semana”, lamentou.

Acabar com “os atentados ambientais no monte de Santa Luzia, onde ainda não pararam de ser construídos edifícios de grande volumetria e no Parque da Cidade, onde não para de nascer betão”; “combater a ausência de acessos para pessoas com mobilidade reduzida”; e atual perante a “falta de respostas para a terceira idade” são outras das medidas que vai propor caso alcance a representação no executivo municipal.

O Chega, fundado em 2019, estreia-se este ano em eleições autárquicas. O partido participou nas legislativas nacionais desse ano e nas presidenciais de janeiro passado, bem como nas regionais madeirenses (2019) e açorianas (2020).

Além de Cristina Miranda, concorrem às eleições autárquicas no concelho Luís Nobre pelo PS, Eduardo Teixeira pela coligação PSD/CDS-PP, Cláudia Marinho pela CDU (PCP/PEV), Jorge Teixeira pelo BE, Rui Martins pelo Aliança, Paula Veiga pelo Nós, Cidadãos! e Maurício Antunes da Silva pelo IL.

Nas autárquicas de 2017, o PS conquistou 53,68% dos votos e garantiu seis mandatos. O PSD atingiu os 21,25% e dois mandatos, e a CDU alcançou 8,11%, ficando com um lugar no executivo municipal.

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