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15 Set 2021

Autárquicas: Rui Martins concorre pelo Aliança para “repor ambiente de confiança” em Viana do Castelo

Pedro Xavier

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Antigo vereador do PS, o arquiteto Rui Martins concorre às eleições deste mês pelo Aliança para “libertar” Viana do Castelo e “repor o ambiente de confiança” que considera perdido após 28 anos de governação socialista.

Natural da capital do Alto Minho, o candidato do Aliança, de 66 anos, entrou na corrida eleitoral para “ganhar” a autarquia de onde saiu há 26 anos, pelo Aliança, depois de em junho ter sido anunciado como cabeça de lista pelo Nós, Cidadãos!.

A “rutura”, formalizada no início de agosto, ficou a dever-se, explica Rui Martins, a “erros processais gravíssimos” que inviabilizaram a constituição de uma coligação entre aquele partido, o Aliança e o Partido Popular Monárquico (PPM).

Os “vetores estratégicos” da sua candidatura passam por “libertar” Viana do Castelo, “cortar as amarras que tolhem” o concelho, com uma área de 319,02 quilómetros quadrados e habitado, de acordo com os resultados preliminares do Censos 2021, por 85.864 pessoas, menos 2.861 residentes do que há 10 anos.

“A Câmara não pode ser um fator de estrangulamento na vida dos munícipes, na atividade empresarial, na iniciativa dos cidadãos e associações, seja pela burocracia, pela morosidade, pela dependência, pela oneração”, afirma.

Pelo contrário, diz, a autarquia tem de “funcionar como agente facilitador para o quotidiano dos munícipes”, potenciando uma iniciativa individual que conflua para o desenvolvimento municipal.

“Temos funcionários qualificados e estruturas organizativas para isso. Falta a vontade política, a independência de grupos ou ‘lobbies’ instalados, e a mentalidade aberta para libertar Viana e permitir o município respirar”, sustenta Rui Martins.

A cooperação com as freguesias, parceiras e não dependentes, é outras das prioridades do candidato: “É necessário dotar as freguesias das competências e recursos necessários para fazerem aquilo que ninguém faz melhor do que elas, pela sua proximidade e conhecimento dos problemas dos cidadãos. Com reforço da sua autonomia em confiança e justiça, e sem dependência e subjugação”.

Para o cabeça de lista, o investimentos locais, pela sua estabilidade e durabilidade, têm de ser estimulados e apoiados, e nunca sacrificados por grandes investimentos externos, “muito mediáticos, mas que se acabam por revelar temporários e desestruturadores do tecido social”.

Entre as “medidas prioritárias” que tomará, caso seja eleito no dia 26, estão “a desburocratização, a simplificação e a modernização dos serviços camarários, implementando um processo rápido e simplificado de regularização de pequenas obras sem relevo ou impacto urbanístico significativo”.

“É preciso potenciar as competências dos colaboradores de excelência que a Câmara já possui, libertando recursos e energias para um novo modelo de desenvolvimento e, paralelamente, criando uma relação mais saudável e eficiente entre os serviços municipais e todos os cidadãos para lhes facilitar a vida em vez de lhes impor obstáculos”, reforça.

Num ano de mudança na liderança municipal em Viana do Castelo, devido à lei de limitação de mandatos, o candidato do Aliança defende que “28 anos de governação municipal sob o mesmo partido político demonstram a necessidade e as virtudes da alternância democrática”.

Em 2019, o saldo financeiro da Câmara de Viana do Castelo foi negativo (-1.661 milhões de euros). A receita atingiu os 61.039 milhões de euros e a despesa 62,7 milhões de euros.

“Há um ambiente de fortíssima descompressão face à pressão que é exercida pelo poder instalado há 28 anos. Até me tem surpreendido a enorme adesão que o nosso projeto vem recolhendo nas ruas”, refere o candidato, que destaca como “fundamental para o conhecimento do concelho” a sua longa participação cívica e associativa.

Em 1994, o arquiteto integrou, como vereador do Planeamento, Gestão Urbanística e Ambiente, a equipa do então autarca socialista Defensor Moura, que conquistou a Câmara de Viana do Castelo ao PSD.

Entre 1989 e 1993, Rui Martins fez parte, como vereador independente, do mandato da maioria social-democrata presidida por Carlos Branco Morais, que perdeu as eleições depois de, entre outras decisões que geraram polémica na altura, querer tirar “Castelo” ao nome da cidade.

Além de Rui Martins, entram na corrida eleitoral Luís Nobre pelo PS, Eduardo Teixeira pela coligação PSD/CDS-PP, Cláudia Marinho pela CDU (PCP/PEV), Jorge Teixeira pelo BE, Paula Veiga pelo Nós, Cidadãos!, Maurício Antunes da Silva pelo IL e Cristina Miranda pelo Chega.

Nas autárquicas de 2017, o PS conquistou 53,68% dos votos e garantiu seis mandatos. O PSD atingiu os 21,25% (dois mandatos) e a CDU alcançou 8,11% (um eleito).

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