De acordo com o inquérito, encomendado pelo Parlamento Europeu no âmbito do discurso sobre o Estado da União, marcado para quarta-feira, 87% dos portugueses concordam e tendem a concordar que os benefícios da vacina compensam os seus riscos, o valor mais alto dos 27 Estados-membros e 15 pontos acima da média da UE (72%).
Dos inquiridos em Portugal 54% concordam ou tendem a concordar (32%) que vacinar-se contra a covid-19 é “um dever cívico”, também o valor mais alto de respostas positivas entre os Estados-membros.
Ainda sobre o combate à pandemia do coronavírus SARS-CoV-2, a grande maioria dos portugueses (82%) estão satisfeitos (58%) ou muito satisfeitos (24%) com a forma como o Governo geriu a estratégia de vacinação (UE 50%).
Questionados sobre a gestão que a UE tem feito da estratégia de vacinação, 84% dos portugueses estão satisfeitos (69%) ou muito satisfeitos (15%) e 89% concordam (36%) e tendem a concordar (53%) que a UE está a desempenhar um papel fundamental para garantir o acesso às vacinas contra a covid-19 em Portugal, sendo as médias da UE de, respetivamente, 49% e 64%.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, profere na quarta-feira em Estrasburgo o discurso sobre o Estado da UE – uma prática inaugurada por José Manuel Durão Barroso em 2010 – e a luta contra a covid-19 estará, mais uma vez, entre os temas a abordar.
O inquérito foi conduzido ‘online’ pela empresa Ipsos European Public Affairs entre 17 e 25 de agosto de 2021, com 26.459 inquiridos a partir dos 15 anos em todos os 27 Estados-membros.
A dimensão da amostra é composta por 500 entrevistas no Luxemburgo, Chipre e Malta e mil nos restantes países europeus.
A covid-19 provocou pelo menos 4.593.164 mortes em todo o mundo, entre mais de 222,46 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.836 pessoas e foram contabilizados 1.052.127 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.