O principal desafio dos Centros de Investigação e Desenvolvimento será, segundo o presidente do Politécnico de Viana do Castelo, o de assegurar a interdisciplinaridade e a crescente institucionalização de formas de colaboração entre instituições de ciência, tecnologia e ensino superior e o tecido económico e social, designadamente as empresas, as instituições públicas e as instituições culturais e sociais. “Temos expectativas de conseguir financiamento para a construção dos dois centros e há a possibilidade de isso ainda acontecer neste quadro comunitário”, confirmou o presidente, admitindo a importância de se apresentar um “projeto capaz” de ser lançado no mercado. “Se nos dissessem há três anos que este protocolo seria uma realidade diria que era bastante difícil de acontecer. Mas com perseverança e proatividade conseguimos estabelecer protocolos e temos boas perspetivas para a construção dos centros”, assegurou o presidente.
Já Vítor Hugo Leal Gomes, da empresa VHM, espera que no final “todos fiquem satisfeitos com os projetos apresentados”, defendendo que “quanto mais depressa estiverem os projetos concluídos mais depressa se poderão candidatar ao financiamento europeu”.
A elaboração dos projetos de arquitetura e especialidades de engenharia para a construção do Centro de Investigação e Desenvolvimento – ESA-IPVC, que tem um valor contratual de 243.540,00 euros, foi adjudicada a Vítor Hugo – Coordenação e Gestão de Projetos, SA e Rui Miguel de Sousa Lima e Sá Ribeiro. Entretanto, a elaboração de projetos de arquitetura e de especialidades de engenharia para a construção do Centro de Investigação e Desenvolvimento – Campus de Praia Norte, na ESTG-IPVC, foi adjudicada a Vítor Hugo – Coordenação e Gestão de Projetos, SA, pelo valor contratual 312.420,00 euros.
Os dois projetos contam com quatro fases: o estudo prévio de arquitetura, paisagismo e especialidades de engenharia, o anteprojeto/licenciamento de arquitetura, paisagismo e especialidades de engenharia, de forma a garantir a aprovação pelas duas autarquias e submissão dos projetos, o projeto de execução (arquitetura, paisagismo e especialidades de engenharia) e a assistência técnica.
Centros são prioridade para o IPVC
Considerando o “interesse e a prioridade” identificada pelo IPVC, no âmbito das ações a desenvolver até 2023, a construção dos edifícios dos novos Centros de Investigação e Desenvolvimento deverão constituir-se como um espaço onde as diferentes entidades que compõe o ecossistema I&D+i, em estreita colaboração com os atores económicos, sociais e culturais, contribuem para a construção de projetos de relevância regional, nacional e internacional.
O IPVC, no âmbito da sua estratégia de investigação, desenvolvimento e inovação (I&D+i), definiu como prioridades “a implementação de atividades que dinamizem a integração de conhecimento científico e tecnológico e a sua transferência para a comunidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável” da região onde se insere e do país.
Por outro lado, a aposta na investigação aplicada e orientada para a prática, na produção e transferência de conhecimento para a sociedade e para as empresas “constituem fatores decisivos para a diferenciação do ensino politécnico e o fortalecimento da interação com a comunidade”, pode ler-se no protocolo.