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31 Out 2021

Arcos de Valdevez: Recuperação de aluimento de terras na aldeia de Sistelo começa em 2022

Pedro Xavier

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O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez apontou o início de 2022 para o arranque da 1º fase de recuperação do aluimento de terras na aldeia de Sistelo, num investimento global superior a 1,4 milhões de euros.

O aluimento de terras, no lugar da Igreja, freguesia de Sistelo, classificada como monumento nacional, ocorreu em junho.

A derrocada abriu uma “cratera” com 100 metros de extensão, 12 de metros de largura e cerca de seis metros de profundidade. Por precaução, 31 pessoas foram retiradas de casa.

Contactado hoje pela Lusa, a propósito da aprovação, em reunião camarária, de um protocolo de cooperação técnica com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para formalização de uma candidatura ao Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020), João Manuel Esteves adiantou que o município irá suportar 15% do montante da empreitada.

O autarca do PSD referiu que “na próxima semana será lançado o concurso público para a realização da primeira fase da intervenção”, estimando que “no início de 2022 os trabalhos comecem no terreno”.

“As obras irão prolongar-se durante cerca de quatro meses, num investimento estimado de um milhão de euros”, revelou.

Segundo João Manuel Esteves, “a primeira fase das obras prevê a recuperação da linha de água, com colocação infraestruturas de drenagem das águas” entre outros trabalhos.

Posteriormente avançará a reconstituição da paisagem, desde o coberto vegetal até às estruturas de socalcos destruídas aquando do aluimento de terras, intervenção que terá o mesmo prazo de execução, num investimento próximo do meio milhão de euros.

“Desde o aluimento a autarquia tem tido a assessoria e o acompanhamento por parte de uma equipa de professores da Universidade do Minho (UM). Estamos a fazer a avaliação e a monitorização da situação. Obviamente que muitos vezes, estes casos são inesperados”, disse.

A classificação da aldeia como Monumento Nacional da paisagem cultural da aldeia de Sistelo foi promulgada Presidente da República em dezembro de 2071, e publicada em Diário da República, em janeiro de 2018.

Encaixada no fundo de um vale, nos limites do Parque Nacional da Peneda-Gerês e conhecida como o “pequeno Tibete português”, devido aos seus socalcos, a aldeia do Sistelo tem cerca de 270 habitantes e é iminentemente rural.

Os socalcos verdes, junto ao rio Vez, representativos “da relação que o homem desenvolveu com a natureza e a forma como a moldou”, as casas típicas, os moinhos e os espigueiros são “marcas de um passado com centenas de anos”.

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