Em comunicado, a organização revela que o encontro Luso-Galaico, produzido para resgatar a “importância do dizer e da canção”, assinala o seu encerramento esta quinta-feira, na Alfândega do Porto, com o concerto “Cancioneiro”, de Música Tradicional do Minho e o Disco de Fado de Poesias.
Pelas 21:30, a Sala do Infante recebe 13 novos arranjos que, com as contribuições dos vários intervenientes em Arcos de Valdevez, Braga, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Vila Nova de Cerveira e Viana do Castelo integraram “um só coro de vozes num território partilhado”.
Resultado de vários meses de oficinas de escrita criativa para fado tradicional e com o envolvimento de coros locais na recolha e interpretação de tomas do património imaterial do Minho e da Galiza, o concerto com a participação de coros do Projeto Cardo e de músicos e interpretes do Ideal de Fado.
O concerto conta ainda com a participação do galego Davide que cantará a tradição raiana e reforçará “uma atenção renovada à herança cultural que liga as duas regiões”, num “esforço criativo de expansão desse património” através da produção de novos temas e músicas.
Os mais de 100 poemas, que serão apresentados na antologia sentimental, resultam de uma série de oficinas de escrita de poesia para fado, promovida pelo Ideal Clube de Fado, entre junho e agosto nos municípios do Alto Minho e em Braga.
“Uma coletânea de histórias, tragédias e vaidades que reportam a um tempo e configuram um mapa nas suas relações com um território e a sua toponímia”, refere a nota.
A partir da música tradicional minhota, recolhida “pelos seus recantos” e por diferentes etnomusicólogos e melómanos, foram selecionadas 11 canções tradicionais para serem “recriadas e musicadas” ao vivo por coros com o acompanhamento de um conjunto profissional dirigido pelo Projeto Cardo, constituído por quatro instrumentistas e cinco cantores.
Com direção artística da Narrativa Provável – Associação Cultural, o projeto é cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e tem como parceiros a Fundação Consuelo Vieira da Costa, Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações, Comunidade Intermunicipal do Alto Minho e o município de Braga.
Produzido para resgatar a “importância do dizer e da canção”, o Encontro Luso-Galaico une as tradições irmãs que fazem o cantar há pelo menos 1.000 anos “sem deixar de incorporar as suas derivações mais recentes e contemporâneas”.