“Orgulhosamente somos o único polo do CIAUD no Norte do país, sendo que estamos a falar do maior centro de investigação deste género na Península Ibérica”, destacou o docente da ESTG-IPVC, adiantando que este projeto, financiado pelo CIAUD, será desenvolvido por mais três docentes (Liliana Soares, João Martins e Luís Mota) e uma bolseira, que é aluna de mestrado (Fátima Costa). “O trabalho torna-se extremamente ambicioso”, confidenciou Ermanno Aparo, acreditando que o resultado desta primeira fase do projeto vai tornar-se numa “ferramenta importante para melhorar a interação entre a comunidade académica e o contexto empresarial”. O projeto terá a duração de dois anos e prevê ações conjuntas para “divulgar a capacidade produtiva das empresas e fomentar o papel estratégico do Design da ESTG- IPVC para o desenvolvimento da produtividade do Norte de Portugal”, assumiu.
Desenvolver um trabalho de monitorização e levantamento da atividade produtiva de pequenas e médias empresas no tecido no Norte, começando pelo Alto Minho, é o primeiro passo. “É imprescindível para o Design saber quais foram os parceiros, mas também quais são os futuros parceiros do território”, justificou o docente, esperando “criar pontes para potenciar a atividade de investigação e de desenvolvimento diretamente com as empresas ativas no território”.
No primeiro momento, explicou o docente e investigador, o resultado da primeira fase não será divulgado, já que servirá apenas para “melhorar o trabalho” que está já a ser realizado com os parceiros e determinar futuras ações. Para isso, já foi pedida a colaboração da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), ao abrigo do protocolo estabelecido com o IPVC, que irá facilitar, numa primeira fase, a relação com as empresas de cinco concelhos do distrito de Viana do Castelo (Viana do Castelo, Caminha, Valença, Vila Nova de Cerveira e Parede de Coura) e também irá fazer de ponte para o relacionamento com outras associações. “Muitas empresas já tiveram ou têm os nossos alunos a trabalhar e isso é motivo de satisfação para a nossa instituição, mas também queremos perceber se o trabalho dos nossos alunos foi bem feito e se está a proporcionar desenvolvimento”, referiu.
Depois de partilhar o resultado da primeira fase do projeto com as entidades, o grupo vai decidir as ações a desenvolver e os projetos de sensibilização para que se possa determinar a evolução desse trabalho. “Desta primeira fase do projeto vamos apenas divulgar pontualmente as estatísticas para perceber quantas empresas trabalham em Design Produto, e quantas têm Design. Numa segunda fase, vamos criar uma rede e dar ferramentas para esta rede comunicar”, explicou.
Com este projeto, o grupo DISLab quer conhecer estas empresas, que “estão em contínua transformação e também estão a viver um período crítico já que se tiveram de redimensionar e algumas até fechar, e ser o ponto de partida para se afirmar como parceiro de confiança, de capacidade e de excelência”.
A rede criada será importante para alimentar o desenvolvimento de trabalhos académicos e de investigação em Design desenvolvidos pelo polo do CIAUD no Instituto Politécnico de Viana do Castelo e irá complementar as informações existentes tornando-se uma ferramenta importante para melhorar a interação entre a comunidade académica e o contexto empresarial. “Começamos o trabalho com duas empresas a semana passada e o feedback é muito positivo porque as empresas estão a ver que este projeto é meritório e vai ao encontro das necessidades”, confirmou o docente, esperando que futuramente também será “mais fácil” encontrar parceiros.