A Renault avançou hoje o número, quando anunciou as vendas e o volume de negócios do terceiro trimestre, ambos em queda acentuada.
As vendas do grupo caíram para 599.027 unidades entre julho e setembro, menos 22,3%, enquanto o volume de negócios caiu para 8.987 milhões de euros, menos 13,4%, disse a empresa num comunicado.
A queda da produção do terceiro trimestre, principalmente devido à escassez de componentes (tanto devido à falta de semicondutores como a perturbações nas cadeias logísticas globais), está estimada em cerca de 170.000 veículos.
“A escassez de semicondutores foi mais forte do que o esperado no final do primeiro semestre”, disse a diretora financeira do grupo, Clotilde Delbos, numa conferência com analistas, na qual também apontou problemas de transporte e disponibilidade de contentores.
Mesmo assim, o grupo Renault, que também inclui marcas como Dacia, Lada e Alpine, está confiante em atingir a sua previsão de uma margem operacional de 2,8% do volume de negócios para o ano no seu conjunto.
A Renault sublinhou que a entrada de encomendas está no nível mais alto em 15 anos, com 2,8 meses de vendas.
Clotilde Delbos também assegurou que a Renault mantém os objetivos de avançar para a eletrificação da sua gama, e salientou que o grupo está no bom caminho para que 20% de todas as suas vendas globais sejam veículos elétricos ou híbridos este ano.
No plano financeiro, a gestora salientou que o corte de custos fixos em 2.000 milhões de euros, um objetivo lançado em 2020 em plena pandemia, será alcançado “nas próximas semanas” e continuará a ser implementado.
Como resultado, Delbos disse que o grupo mantém as previsões financeiras para o exercício financeiro de 2021 “apesar da deterioração da disponibilidade de componentes no terceiro trimestre”.