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05 Nov 2021

Como a pandemia de Covid-19 mudou a psicologia dos encontros amorosos

Rádio Geice

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A pandemia não é novidade, contra todas as expectativas e previsões, o vírus do Covid-19 entrou nas nossas vidas e parece não querer dar tréguas. Durante os últimos dois anos, vimos quase todos os nossos hábitos serem alterados, desde as liberdades mais simples como poder ir jantar fora com amigos, até às mais complexas, como a forma como nos relacionamos. Essa nova dinâmica causou impactos diretos nas relações afetivas, em especial nas amorosas. Os abraços, beijos e conversas face a face deram lugar ao distanciamento social, às chamadas via zoom e aos encontros online. Enquanto os casais que já estavam juntos tiveram de encontrar novas formas de apimentar a sua relação, os solteiros tiveram de procurar alternativas para encontrar o parceiro ideal.

Amor à distância de um “click”

Durante a pandemia, o amor, tal como outros aspetos da vida, tornou-se remoto. Exemplo disso é o aumento da popularidade de brinquedos eróticos que utilizam tecnologia de ponta, como o caso dos teledildónicosos que podem ser manipulados à distância, visto que funcionam através da internet e via Bluetooth.

De acordo com um estudo da BedBible, o qual indica que, o mercado mundial dos brinquedos eróticos valorizou-se em 33,64 mil milhões de dólares e parece não vir a mostrar sinais de abrandamento dado que, entre 2021 e 2028, o estudo prevê uma taxa de crescimento de 8,04%.

No caso das plataformas de namoro, o cenário não foi diferente. De acordo com o Dating.co, houve um aumento de 82% no namoro online global em março de 2020, quando as medidas de isolamento entraram em vigor em diversos países.

O levantamento revelou ainda que os utilizadores norte-americanos são os que mais dão “match” no mundo, com seis ou mais conversas a acontecer em simultâneo. O Top 5 inclui também Índia, Irlanda, Reino Unido e Espanha, mas independentemente da nacionalidade, género ou orientação sexual, muitos foram os que procuraram relacionar-se de forma virtual, recorrendo a sex toys e dating apps.

Chat antes do match

O universo virtual tornou-se o principal meio para dar match e encontrar a Alma Gémea. No panorama das dating apps, verificou-se um aumento de utilizadores, mas não só, segundo Raquel Ribeiro, enquanto o Happn notou um aumento de 18% nas mensagens trocadas pela app, o The Inner Circle teve um crescimento de 15% nos matches e 10% nas mensagens enviadas.

O Tinder revelou que 2020 foi o seu ano mais movimentado e, este ano, os seus beneficiários já bateram dois recordes de utilização entre janeiro e março. Jim Lanzone, CEO da app de encontros, em entrevista à BBC afirma “Os dados do aplicativo in- dicam que o número médio de mensagens enviadas por dia aumentou 19% em comparação com o período anterior à pandemia, e as conversas são 32% mais longas. Metade dos usuários da Geração Z, como são normalmente classificados aqueles nascidos entre 1997 e 2015, teve encontros por conversa de vídeo e um terço fez mais atividades virtuais em conjunto”.

Crachá nos perfis para indicar vacinação contra a Covid-19

Segundo um artigo da TVI24, o Tinder, em conjunto com outras aplicações populares, incluindo o Hinge, o OkCupid e o Bumble, fez uma parceira com os governos do Reino Unido e dos EUA para adicionar um crachá aos perfis pessoais a indicar a vacinação contra a Covid-19, mas não há um processo de verificação de dados e as pessoas podem ocultar a verdade.

Amor em tempos de Covid-19

Em tempos de Covid-19 amar pode ser um autêntico desafio, mas é também uma oportunidade de se conhecer melhor e explorar os seus limites. Como sublinha Pedro Correia, CEO e Senior Partner da Vibrolandia, uma sexshop online que vende sex toys em Portugal, “as pessoas tiveram tempo e oportunidade para pesquisar e informarem-se sobre a forma de como os sex toys podem melhorar a sua vida, seja fazendo parte de um casal ou estando a sós”. A esta explicação, Pedro Correia, acrescenta ainda outra, desta feita relacionada com as regras de higiene e segurança: “o facto de não ser seguro ter encontros ocasionais ou de curta duração provocou também uma maior procura de sex toys.”.

Não sabemos ao certo quanto mais tempo teremos de viver nesta “nova realidade”, mas é um facto que ela alterou a forma como nos conectamos com os outros e também connosco mesmos.

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