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Internacional

27 Nov 2021

Covid-19: Nova variante chama-se Omicron e é de preocupação

Pedro Xavier

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como "de preocupação" a nova variante B.1.1.529 do coronavírus que causa a covid-19, detetada pela primeira vez na África do Sul, e designou-a pelo nome Omicron.

A presidente da Comissão Europeia disse que a União Europeia (UE) está a “levar muito a sério” a nova variante do coronavírus, identificada inicialmente na África do Sul, exortando a ação “rápida e unida” dos Estados-membros.

“Estamos a levar muito a sério as notícias sobre a nova variante altamente mutante. Sabemos que as mutações podem levar ao aparecimento e à propagação de ainda mais variantes do vírus que se podem disseminar a nível mundial dentro de poucos meses, pelo que é agora importante que todos nós na Europa atuemos muito rapidamente, de forma decisiva e unida”, vincou Ursula von der Leyen.

Horas depois de ter anunciado que vai propor a ativação de um mecanismo travão para suspender voos da África Austral com destino à UE, devido ao aparecimento de uma nova variante do SARS-CoV-2, a líder do executivo comunitário insistiu que “todas as viagens de avião para estes países devem ser suspensas” a partir daquela região “e de outros países afetados”, novamente sem precisar.

“Devem ser suspensas [as viagens] até termos um entendimento claro sobre o perigo que esta nova variante representa e os viajantes que regressam desta região devem respeitar regras rigorosas de quarentena”, vincou a responsável.

Afirmando ter discutido esta situação “em várias chamadas telefónicas e videoconferências com cientistas e fabricantes de vacinas”, Ursula von der Leyen apontou que “também eles apoiam plenamente tais medidas de precaução para evitar a propagação internacional desta variante”.

“Também depende de todos nós, como cidadãos, contribuir para um melhor controlo da pandemia. Por favor, vacinem-se o mais depressa possível, se ainda não o tiverem feito”, apelou a responsável.

A porta-voz adjunta da Comissão Europeia, Dana Spinant, indicou há algumas horas que para esta tarde está marcada uma reunião do grupo de Resposta do Conselho a situações de crise (IPCR), juntando Estados-membros, instituições europeias e especialistas, na qual se decidirá então a ativação do mecanismo de travão de emergência.

“Vamos realizar esta reunião do IPCR precisamente porque queremos ter medidas rápidas, coordenadas e consistentes em vigor para evitar que haja lacunas através das quais o vírus encontre o seu caminho para a Europa”, acrescentou Dana Spinant, durante a conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.

Certo é que o executivo comunitário está a “acompanhar de muito perto a evolução no que diz respeito a esta variante”, trabalhando nomeadamente “com a Agência Europeia para a Segurança da Aviação, que está a preparar uma recomendação aos aeroportos e companhias aéreas sobre esta matéria”, referiu.

Além disso, “o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças [ECDC, na sigla inglesa] classificou hoje de manhã esta variante como variante de interesse”, o que significa que requer monitorização, adiantou a porta-voz.

Esta nova variante do coronavírus foi detetada na África do Sul, o país africano oficialmente mais afetado pela pandemia e que está a sofrer um novo aumento de infeções, anunciaram na quinta-feira cientistas sul-africanos.

A variante identificada até ao momento como B.1.1.529 tem um número “extremamente elevado” de mutações, de acordo com aqueles cientistas.

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