“Esta claramente vai ser uma das prioridades da nossa eurorregião para os próximos sete anos”, afirmou Nuno Almeida, diretor da Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal.
O responsável falava durante as quartas jornadas de “Meio Ambiente e Sustentabilidade Urbana”, que teve como tema “Infraestruturas Verdes” e que se realizou, hoje, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real.
Uma iniciativa que, segundo o responsável, serviu para “reforçar a aposta da eurorregião, desde 2017, na cooperação transfronteiriça em setores como o meio ambiente e a sustentabilidade urbana”, frisando ainda que vai ser também uma área prioritária no plano de investimentos conjuntos 2021/2027 do AECT da Euroregião Galicia – Norte de Portugal, aprovado em junho.
“O AECT é um verdadeiro agente dinamizador e de conexão para os seus seis milhões de habitantes”, disse Nuno Almeida, destacando o trabalho conjunto desenvolvido com as duas principais associações do setor, a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA) de Portugal e a Associação Galega de Empresas de Jardineria (AGAEXAR).
A ANEFA representa 9.000 postos de trabalho permanentes e um volume de negócios anual superior aos 500 milhões de euros em Portugal e a AGAEXAR representa 50 empresas deste setor na Galiza.
Ambas têm colaborado em diversos projetos, publicações conjuntas e são, segundo Nuno Almeida, “um exemplo de boas práticas para o setor”.
Um dos projetos em destaque durante as jornadas foi o “Corredor Verde do rio Leça”, que está em curso e visa a criação de uma ciclovia, a reflorestação e a reabilitação das margens do rio.
O projeto junta os municípios de Santo Tirso, Matosinhos, Valongo e Maia, que criaram a associação Corredor do Rio Leça.
Laura Roldão Costa, arquiteta paisagista, professora na UTAD e projetista deste corredor verde explicou que o projeto terá uma dimensão total de 46 quilómetros, seis dos quais estão em fase de conclusão de obra, sendo que em breve começa a intervenção em mais seis e está a ser concluído o projeto para mais seis quilómetros.
Em simultâneo, acrescentou, há outros projetos em curso como as hortas, a sensibilização ambiental e está a proceder-se à despoluição do rio.
“Estamos a começar este processo de despoluição com a melhoria das condições de drenagem, a detetar situações que não estejam a funcionar bem, com a reparação das margens do rio, mas este processo tem uma continuidade e essa continuidade vai ser feita ao longo das próximas décadas, através desta associação de municípios”, salientou.