A autarquia da capital do Alto Minho adiantou que a candidatura está centrada “no mar, a identidade, as letras, artes, artistas e ofícios, sem esquecer os marcos históricos do percurso da cidade e da região”, sendo que o seu conteúdo está disponível num sítio na Internet, criado para o efeito.
O prazo para a apresentação de candidaturas a CEC termina hoje. A decisão final sobre a cidade vencedora será tomada em 2023, por um júri composto por 12 peritos, entre os quais 10 nomeados pelas instituições da União Europeia e dois pelo Governo português.
O comissário da candidatura, é Gonçalo Vasconcelos e Sousa, professor catedrático da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, coordenador do doutoramento em Estudos do Património, académico da Academia Portuguesa da História e da Academia Nacional de Belas-Artes e presidente da Federação dos Amigos dos Museus de Portugal.
Já a Comissão Executiva é constituída por Joaquim José Escaleira, Mário Barroca, Rosa Maria dos Santos Mota e Valter Hugo Mãe.
“Para além de contar com o apoio dos municípios e instituições de Viana do Castelo e do Alto Minho, a candidatura de Viana do Castelo conta com um conjunto alargado de incentivos nacionais e internacionais”, refere a nota.
Para o município de Viana do Castelo esta candidatura representa “um processo de reflexão, diálogo e participação, com a ambição de potenciar a cidade e dar-lhe mais força para os desafios do século XXI”, tendo por base “um mundo de cores e emoções, baseado na alegria da população, na vivacidade e no dinamismo do território e no respeito transversal por todas as gerações”.
Os objetivos desta candidatura passam por “reabilitar, reclassificar e construir uma rede de infraestruturas culturais, baseada na proximidade e na diversidade, num esforço que visa o bem comum”.
São ainda objetivos da candidatura “integrar a oferta cultural no desenvolvimento de soluções urbanas sustentáveis, qualificar os agentes culturais da cidade, conferindo-lhes mais e melhores ferramentas de desenvolvimento”.
A proposta “Viana, Mar de Cultura” pretende ainda “aumentar e diversificar o programa cultural e artístico da cidade ao promover uma maior cooperação entre entidades e agentes culturais, com o propósito de desenvolver uma oferta mais articulada e inclusiva”.
A “criação de redes com outras cidades europeias e regiões é também uma prioridade, para promover a inclusão e a partilha colaborativa”.
Entre os objetivos, constam ainda “encorajar uma maior participação e consumo público do programa cultural existente, promovendo uma expansão de novas audiências e de novas temáticas, nomeadamente por reforçar a aposta na componente de arte contemporânea”.
Visa igualmente “qualificar e reabilitar espaços públicos para os tornar em espaços de excelência para a promoção de eventos culturais, apostando também no investimento na “inclusão de territórios, de grupos de pessoas, de culturas alternativas, minorias e outros grupos socioeconómicos que geralmente são excluídos de eventos culturais”.
Outra prioridade destacada no documento prende-se com “a preservação de memórias, com a criação de condições de proteção, preservação, conservação e disseminação que possibilitem experiências educacionais culturais e artísticas, inerentes à perpetuação da cultura”.