Em declarações à Lusa, Luís Delgado acrescentou que “estão a ser estudadas alternativas”, mas sublinhou que tudo vai depender dos resultados dos testes.
Entretanto, os pescadores mantêm-se na embarcação.
Os nove homens estão em isolamento a bordo da embarcação de pesca costeira, dotada de uma única instalação sanitária, atracada no porto de Viana do Castelo, desde o dia 19, após quatro casos de infeção provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2.
Na segunda-feira, após a confirmação do terceiro caso de infeção a bordo, Luís Delgado reconheceu que “as condições da embarcação não são as melhores”, mas defendeu que “em termos de saúde pública” aquela solução “é a mais indicada”, neste caso.
“Se os tripulantes forem para as suas casas mais se propaga a doença”, sublinhou.
Na segunda-feira, o capitão de porto e comandante da Polícia Marítima de Viana do Castelo, Silva Lampreia, explicou que o caso “está a ser acompanhado pelas autoridades locais de saúde e pelo armador da embarcação desde o dia 19, altura em que esta atracou em Viana do Castelo”.
O responsável referiu que “o primeiro caso de covid-19 foi confirmado no dia 16, ainda a embarcação de pesca de Viana do Castelo navegava a 430 milhas a oeste do porto de Viana do Castelo”.
Segundo Silva Lampreia, “o pescador infetado acabaria por ser retirado, no dia 18, por meios aéreos, acionados pelo CODU Mar, para um hospital do Porto, face ao agravamento das suas condições de saúde, tendo, entretanto, recebido alta médica e sido enviado para casa do armador para recuperar da doença”.
Dos nove tripulantes que continuam a bordo, três são portugueses e seis indonésios.
Fotografia: Olhar Viana do Castelo
(EM ATUALIZAÇÃO)